Nesta terça-feira (1), agentes humanitários da ONU acusaram Israel de impedir serviços internacionais e de ONGs de entrarem em Gaza, diminuindo drasticamente os meios de sobrevivência dos palestinos. A declaração veio depois do estado sionista negar 7 diferentes missões de ajuda na Faixa.
Algumas das situações críticas citadas pela Organização são o deslocamento de mais de 1500 famílias do norte de Gaza para abrigos improvisados. A Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU afirmou que 5 escolas e 2 hospitais atualmente exercendo essa função foram bombardeados.
Desde o começo da guerra em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) documentou 734 ataques ao sistema de saúde da Faixa. O Ministério da Saúde de Gaza reportou que o Complexo Médico Al-Shifa parou de oferecer hemodiálise aos seus pacientes por falta de combustível para as máquinas.
Nenhuma gasolina entra na Faixa desde o começo do bloqueio total iniciado por Israel há 4 meses. Gaza também está se aproximando de uma epidemia de fome, caso o atual regime de distribuição continue.
169 organizações não governamentais assinaram um documento pedindo para que Israel autorize a volta dos 400 centros de distribuição de comida geridos pela ONU que existiam antes do fim do cessar-fogo. Atualmente, o governo do país só autorizou 4 centros geridos por uma empresa americana suspeita de apoiar o genocídio palestino. O texto fala que os “palestinos em Gaza enfrentam uma escolha impossível: morrer de fome ou arriscar levar um tiro enquanto tentam conseguir desesperadamente comida para alimentar suas famílias.”
O documento ainda pede um fim imediato do bloqueio: “O sistema humanitário está sendo deliberada e sistematicamente desmantelado pelo bloqueio e pelas restrições impostas pelo governo de Israel. Um bloqueio que agora está sendo usado para justificar o encerramento de praticamente todas as demais operações de ajuda, em favor de uma alternativa mortal, controlada pelos militares, que não protege os civis nem supre as necessidades básicas”