O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite desta terça-feira (1º) que Israel aceitou os termos de um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza. A proposta, segundo ele, será oficialmente apresentada ao grupo Hamas pelos mediadores Catar e Egito nos próximos dias.

A declaração, feita em sua rede social Truth Social, veio após o que Trump classificou como uma “reunião longa e produtiva” entre representantes dos EUA e autoridades israelenses.

Espero, para o bem do Oriente Médio, que o Hamas aceite este acordo, porque a situação não vai melhorar — só vai piorar”, escreveu o republicano, que prometeu trabalhar com todas as partes envolvidas para pôr fim à guerra durante o período de trégua.

Trump ainda prometeu ser “muito firme” em seu próximo encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agendado para a segunda-feira (7). “Esperamos que isso [o acordo] aconteça e esperamos que aconteça na próxima semana”, disse o presidente ao deixar Washington rumo à Flórida.

Expectativas

Segundo a CNN americana, o acordo negociado prevê a troca de reféns entre Israel e Hamas. Estima-se que 50 pessoas ainda estejam em cativeiro em Gaza, sendo que apenas 20 estariam vivas.

A possibilidade de libertação tem sido vista como o principal trunfo político para destravar o impasse, sobretudo diante da crescente pressão sobre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, escreveu nesta quarta-feira (2) que a maioria dentro da coalizão governista apoiaria um acordo que resultasse na libertação dos reféns. “Se houver uma oportunidade para isso – não devemos perdê-la!”, publicou ele em sua conta no X (antigo Twitter).

Mortes persistem em Gaza

Apesar das tratativas diplomáticas, os ataques israelenses continuam. Pelo menos 20 pessoas morreram ontem, em ações do exército de Israel na Faixa de Gaza, segundo autoridades locais de saúde. Na mesma noite, novas ordens de remoção foram emitidas pelo exército, mantendo a tensão no território.

Mais cedo, uma coalizão de ONGs informou que mais de 500 palestinos morreram em menos de um mês enquanto buscavam ajuda humanitária em Gaza. Outras 4 mil pessoas ficaram feridas durante as tentativas de acessar centros de distribuição de alimentos.

Após 21 meses de campanha militar israelense, a população de Gaza vive entre deslocamentos forçados e escassez extrema de alimentos.

Com informações da AFP.

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Last Update: 02/07/2025