A Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), entidade que representa os interesses dos latifundiários e inimigos dos camponeses oprimidos (índios e trabalhadores rurais), divulgou uma nota pública criticando a proposta de Plano Transitório para regularização de terras destinadas à demarcação em litígio judicial. A proposta, apresentada pela União em ações diretas de constitucionalidade e inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF), visa solucionar um dos conflitos fundiários mais graves do País.

A Famasul, no entanto, repudiou veementemente a proposta, alegando “manifesto prejuízo da classe produtora”. A principal queixa é a previsão de pagamento de valores considerados “ínfimos e irrisórios” pela “terra nua” das propriedades.

Os latifundiários afirmam que estão em situação de penúria financeira devido à invasão de áreas por índios, e que liminares de reintegração de posse são constantemente suspensas, gerando instabilidade. Essa alegação, no entanto, inverte a lógica: o problema não é a demarcação, mas a histórica espoliação das terras indígenas.

A federação latifundiária não concorda com a proposta de pagamento em valores inferiores aos de mercado. Os fezendeiros alegam ser detentores de justo título e que, se suas áreas forem efetivamente demarcadas para comunidades indígenas, a indenização deve ser integral, pelo preço justo, conforme reconhecido em julgamento do Supremo Tribunal Federal.

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Last Update: 02/07/2025