O Senado norte-americano não apenas aprovou o pacote fiscal proposto pelo presidente Donald Trump, como decidiu tomar permanente uma série de cortes de tributos para empresas
Segundo o site Politico, a decisão dos senadores de ‘afiar’ ainda mais o pacote fiscal faz com que o coração da agenda legislativa de Trump seja ‘mais explosivo politicamente’.
Entre outros pontos, o programa de saúde pública Medicaid sofreu cortes ainda maiores; créditos fiscais de energia eólica e solar foram reduzidos e ampliaram o déficit em centenas de bilhões de dólares na comparação com a proposta enviada pela Câmara dos Representantes.
O pacote foi aprovado por 51 votos a 50, e os ajustes levaram senadores republicanos a fazer algumas explicações aos parlamentares republicanos da Câmara, que já começaram a recuar no projeto de lei remodelado – em especial os chamados moderados, que contavam com o Senado para diluir a redução do Medicaid e das questões ligadas a energia limpa.
No caso do Medicaid, a Câmara dos Representantes chegou a uma proposta que limitava os encargos sobre prestadores de serviços médicos, um mecanismo usado para o financiamento de programas estaduais. Tal medida foi considerada melhor que outras opções colocadas, como o corte direto na fórmula de compartilhamento de custos federais para inscritos no Medicaid.
As regras do Orçamento aprovado no Senado também indicam que alguns cortes de gastos da Câmara tiveram que ser reduzidos ou totalmente abandonados.
Assim, os políticos tiveram de encontrar compensações em outros lugares — especialmente considerando o custo de US$ 466 bilhões em isenção tributária para empresas, em detrimento da extensão do corte até 2029, como foi feito na Câmara.