O governo de Donald Trump segue com seus esforços para retirar a cidadania de alguns naturalizados em memorando emitido recentemente pelo Departamento de Justiça, onde direciona os advogados a priorizar a desnaturalização de cidadãos naturalizados que cometem certos crimes.
Segundo o jornal britânico The Guardian, o foco está em cerca de 25 milhões de cidadãos norte-americanos que imigraram para o país depois de nascerem no exterior, de acordo com dados de 2023 – e lista 10 categorias prioritárias diferentes para a desnaturalização.
Em texto publicado em 11 de junho, o governo pede aos advogados que instituam processos para revogar a cidadania de uma pessoa se um indivíduo “adquiriu ilegalmente” a naturalização ou obteve a naturalização por “ocultação de um fato material ou por deturpação intencional”.
O memorando destaca que os sujeitos a processos civis não têm direito a um advogado como estão em processos penais – e o governo tem um ônus mais leve de prova em casos civis do que em casos criminais.
Os esforços ficarão concentrados nos cidadãos envolvidos “na prática de crimes de guerra, assassinatos extrajudiciais ou outros abusos graves dos direitos humanos … [e] criminosos naturalizados, membros de gangues ou, de fato, quaisquer indivíduos condenados por crimes que representem uma ameaça contínua aos EUA”.
A divisão dos direitos civis pelo Departamento de Justiça foi colocada como uma das prioridades políticas de Trump, assim como o fim dos programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) e o fim dos tratamentos transgêneros, entre outras iniciativas.