Nos primeiros cinco meses deste ano, o Brasil gerou mais de um milhão de vagas de emprego com carteira assinada, com saldo positivo nos cinco setores da economia avaliados. Apenas em maio, foram quase de 149 mil postos de trabalho formais. O total de vínculos empregatícios formais ativos no país superou 48,2 milhões, maior estoque da série histórica.

Os dados fazem parte do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta segunda-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em números exatos, os empregos gerados desde janeiro somaram 1.051.244. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 1,62 milhão de vagas.

Ao apresentar os dados, o ministro do MTE, Luiz Marinho, destacou o grande número de jovens na formalidade. Ele fez um contraponto a quem diz que esse segmento da população não quer vínculo empregatício, preferindo trabalhar por conta própria. “Isso não corresponde à verdade”, declarou.

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Ele lembrou que considerando apenas o mês de maio, que somou exatos 148.992 postos de trabalho, a maioria é de jovens: 98 mil entre 18 e 24 anos e 26 mil aprendizes (com 17 anos ou menos), totalizando mais de 124 mil vagas ocupadas pessoas dessa faixa etária.

“Isso derruba por terra essa certeza de muita gente que diz que os trabalhadores jovens não aceitam ir para o mercado formal. Tenho dito que os jovens não desejam — e não só eles — ter um chefe chato por oito horas no seu ouvido e ainda ganhar pouco. E tenho chamado atenção, especialmente dos sindicatos, que a base da pirâmide salarial é muito baixa, o que carece de uma debate profundo sobre os pisos”, afirmou Marinho.

Geração em cinco meses

Considerando os dados dos cinco primeiros meses do ano, o setor de serviços foi o maior gerador de postos de trabalho, com quase 563 mil, um crescimento de 2,44%, seguido da indústria, que avançou 2,35%, com a criação de mais de 209,6 mil vagas.

Destacam-se no segmento a fabricação de produtos alimentícios (+22.757); máquinas e equipamentos (+14.675); produtos de metal, exceto máquinas (+13.236); e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (12.919). 

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Já a construção gerou mais de 149 mil postos, aumento de 5,22%, seguida pela agropecuária, com 72,6 mil, crescimento de 4,04%, e comércio, com 56,7 mil a mais, avanço de 0,54%.

Entre os estados, São Paulo acumula 309,7 mil (+2.16%) vagas, Minas Gerais 124 mil (+2,53%) e Paraná 84,8 mil (+2,64%). Em termos percentuais, o maior crescimento ocorreu em Goiás (+3,56%), Mato Grosso (+3,42%) e Tocantins (+3,36%). 

Maio

Considerando apenas o mês de maio, os dados do Caged indicam que o saldo de emprego foi positivo em todos os setores da economia, com destaque para o de setor de serviços, com mais de 70 mil vagas, crescimento de 0,30%; de comércio, com saldo de 23 mil (+0,22%); e indústria, com geração de 21,5 mil postos (+0,24%). Na sequência vem a agropecuária, que gerou 17,3 mil empregos (+0,94%); e construção, com 16,6 mil (+0,56%).

Na divisão por grupo populacional, a geração de postos foi melhor para as mulheres, que ocuparam pouco mais de 78 mil vagas — os homens responderam por quase 71 mil.

O crescimento também foi verificado entre os jovens de 18 a 24 anos (98.003), sendo maior a geração de empregos no comércio (35.901) e na indústria da transformação (20.287). O emprego também foi maior para pessoas com nível médio (113.213) e para pardos (116.476). No caso do grupo formado por pessoas com deficiência (PCD), o saldo ficou positivo em 902 postos de trabalho.

Entre os estados, os maiores geradores de emprego em maio foram São Paulo (33,3 mil), Minas Gerais (20,2 mil) e Rio de Janeiro (13,6 mil). O maior crescimento relativo ocorreu no Acre, com variação de 1,24%. O saldo negativo foi verificado apenas no Rio Grande do Sul, com -115 vagas de emprego.

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Last Update: 30/06/2025