
por Felipe Borges
Pragmatismo Político
O vocalista e guitarrista da banda Raimundos, Digão, provocou indignação nas redes sociais após publicar um comentário debochado sobre a morte trágica da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu de um penhasco durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A publicação, feita nos stories do Instagram, foi interpretada como uma celebração do acidente por motivação política.
Na imagem compartilhada por Digão, aparecia a mochila usada por Juliana na trilha, onde se destacava um broche com os dizeres “Ele não”, frase amplamente usada por opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O músico acompanhou a foto com a legenda: “Quando o mundo dá a volta, não adianta chorar e fingir surpresa. #ELESIM mandou o foda-se pra vocês!”
A publicação causou reação imediata. Internautas acusaram Digão de desumanidade e oportunismo ideológico. Em poucos minutos, o nome do vocalista figurava entre os termos mais comentados da plataforma X (antigo Twitter), com milhares de postagens condenando sua atitude.
“O Digão dos Raimundos é um ser deplorável”, escreveu um usuário. Outro desabafou: “Bolsonarista Digão, da banda Raimundos, atacou Juliana Marins, vítima de um acidente fatal em um vulcão na Indonésia. Um verdadeiro canalha. Lixo humano”.
Digao chegou ao fundo do poço. O cara debochou da morte da Juliana. Não tem como ser mais cuzão que isso. pic.twitter.com/yd7oeZ4vjj
— GugaNoblat (@GugaNoblat) June 30, 2025
A comoção em torno da morte de Juliana — que desapareceu após cair de um penhasco de cerca de 300 metros e teve o corpo resgatado cinco dias depois, já sem vida — foi amplamente acompanhada por brasileiros nos últimos dias. Voluntários e alpinistas locais participaram das buscas, que contaram com críticas à condução das autoridades da Indonésia.
Até a publicação desta matéria, Digão não havia se retratado. A banda Raimundos também não se pronunciou oficialmente.
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