O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, declarou nesta segunda-feira 30 que Israel está “interessado” em normalizar suas relações com a Síria e o Líbano, mas enfatizou que a parte das Colinas de Golã ocupada e anexada por seu país deve ser “parte integrante” de Israel, sob qualquer acordo.
“Israel está interessado em expandir o círculo de paz e normalização [dentro da estrutura] dos Acordos de Abraão”, declarou Saar em uma coletiva de imprensa em Jerusalém, ao lado de sua contraparte austríaca, Beate Meinl-Reisinger.
“Estamos interessados em adicionar países como a Síria e o Líbano, nossos vizinhos, ao círculo de paz e normalização, preservando os principais interesses de segurança de Israel”, acrescentou o ministro israelense.
No entanto, Gideon Saar observou que Israel não planeja abandonar a parte do planalto sírio das Colinas de Golã que anexou em 1981, após tê-la ocupado desde 1967.
“Israel aplica sua lei às Colinas de Golã há mais de 40 anos”, afirmou o ministro das Relações Exteriores. “Em qualquer acordo de paz, as Colinas de Golã permanecerão parte integrante do Estado de Israel”.
Com os Acordos de Abraão, assinados em 2020 e patrocinados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, durante seu primeiro mandato, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Sudão estabeleceram relações formais com Israel.