O Brasil apresentou uma melhoria em suas contas públicas durante o mês de maio, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. 

Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira 30, o País registrou um déficit de 33,74 bilhões de reais nas finanças consolidadas do setor público. Esse valor é praticamente a metade do rombo financeiro observado no mesmo mês do ano passado, quando o déficit alcançou 63,89 bilhões de reais. 

O setor público consolidado – ao qual os números acima fazem referência – inclui  o governo federal, todos os Estados, municípios e as empresas estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras.

Basicamente, o déficit primário expressa a diferença entre tudo o que o governo arrecada (impostos, taxas, contribuições) e tudo o que gasta (salários, investimentos, programas sociais).

O resultado do mês passado foi o melhor para maio desde 2022, quando o rombo ficou em 32,99 bilhões de reais. 

O melhor e o pior dos números

O governo federal foi o principal responsável pelo déficit, apresentando um rombo de 37,35 bilhões de reais. Isso inclui gastos do Tesouro Nacional, do próprio Banco Central e da Previdência Social (INSS).

Por outro lado, Estados e municípios conseguiram equilibrar melhor suas contas, registrando um superávit conjunto de 4,53 bilhões de reais. As empresas estatais também contribuíram positivamente, com superávit de 926 milhões de reais.

Nos últimos 12 meses até maio, o Brasil conseguiu um superávit de 24,14 bilhões de reais. Esse resultado equivale a 0,2% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do País.

O peso dos juros na economia

No Brasil, um dos fatores de peso no debate sobre finanças públicas é o patamar pago em juros da dívida. Em maio, por exemplo, o setor público desembolsou 92,1 bilhões de reais apenas para pagar juros do que deve. 

Nos últimos 12 meses, o total pago em juros chegou a 946,1 bilhões de reais, o que equivale a quase 8% de tudo o que é produzido pela economia brasileira.

Segundo o Banco Central, a dívida bruta do governo geral atingiu 76,1% do PIB em maio, tendo um crescimento de 0,2 ponto percentual em relação a abril. Em valores absolutos, isso representa 9,3 trilhões de reais.

O aumento da dívida em maio foi influenciado principalmente pelos gastos com juros, que elevaram a relação dívida-PIB em 0,8 ponto percentual. Esse efeito foi parcialmente compensado pelo crescimento da economia, que reduziu o indicador em 0,6 ponto percentual.

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Last Update: 30/06/2025