Mulher palestina com criança no colo sob escombros de prédio em Gaza. Foto: reprodução

Israel ordenou a evacuação de moradores no norte da Faixa de Gaza no fim de semana, à medida que amplia suas operações militares na região. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a pressionar por um cessar-fogo, em meio à escalada dos combates e à crescente crise humanitária. Com informações do G1.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 86 pessoas morreram nas últimas 24 horas. Entre as vítimas estão três crianças atingidas em um ataque à “zona segura” de al-Mawasi, para onde os civis haviam sido instruídos a se deslocar.

A ofensiva israelense foi intensificada entre sábado e domingo, com relatos de moradores e médicos sobre novos bombardeios em bairros residenciais. Um ataque aéreo matou cinco pessoas em uma tenda de deslocados, incluindo membros da família Maarouf.

O exército israelense afirma que atua para eliminar combatentes e estruturas do Hamas, e que segue os princípios do direito internacional. Questionadas sobre ataques a civis, as Forças de Defesa de Israel não comentaram casos específicos.

Trump declarou em rede social que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está negociando com o Hamas e afirmou esperar um acordo para “recuperar os reféns” nos próximos dias. Ele também voltou a criticar as acusações de corrupção contra Netanyahu, classificando-as como “caça às bruxas”.

Benjamin Netanyahu

Em paralelo, a distribuição de ajuda humanitária permanece crítica. A Fundação Humanitária de Gaza, criada com apoio dos EUA e Israel, é alvo de críticas da ONU, que alega que o sistema tem levado à morte de civis. A agência da ONU para refugiados palestinos chamou o mecanismo de “campo de extermínio”.

Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, mais de 56 mil pessoas foram mortas em Gaza, de acordo com autoridades locais. Um cessar-fogo anterior, firmado em janeiro, não avançou além da primeira fase, e novas tentativas de acordo seguem paralisadas.

O momento atual é considerado decisivo por mediadores internacionais, que esperam que a pressão norte-americana acelere um entendimento. Enquanto isso, os bombardeios prosseguem, agravando a crise e afetando diretamente a população civil.


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Last Update: 29/06/2025