O governo da Hungria, encabeçado por Viktor Orbán, líder da extrema-direita europeia, proibiu legalmente a parada LGBTQIAP+ que ocorreria em Budapeste nesse fim de semana. O argumento usado foi a “lei de proteção à infância”, que veta qualquer demonstração pública que possa “promover a homossexualidade”.
Mesmo assim, a parada contou com um número recorde de presentes, de acordo com seus organizadores. Importantes figuras da política também compareceram, como a comissária de Igualdade da União Europeia, Hadja Lahbib, o prefeito da cidade, Gergely Karácsony, e Li Andersson, deputada europeia da Finlândia.
A legislação de Órban estipula uma multa de € 500 (aproximadamente R$ 3 mil) para os participantes, que podem ser identificados com tecnologia de reconhecimento facial presente nas câmaras de segurança públicas. Os organizadores podem ser presos por até um ano.
Luca, manifestante entrevistado pela BBC News, afirmou que “[nós] temos uma lei que proíbe pessoas diferentes das outras de se reunirem. É por isso que estamos aqui. Porque isso fere nossos direitos. Foi por isso que viemos”. Ele também teme pelo futuro de sua filha, “em um país onde ela não pode amar quem quiser”.