Bolsonaro faz ato em SP dias depois de chamar apoiadores acampados de malucos

Manifestantes bolsonaristas se reúnem em São Paulo, na tarde deste domingo 29, para participar de um ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra sua possível condenação no Supremo Tribunal Federal pela tentativa de golpe de Estado em 2022. O organizador é o pastor Silas Malafaia.

A mobilização, com cartazes contra o ministro Alexandre de Moraes, também tem bandeiras dos Estados Unidos e de Israel. Ela acontece 19 dias depois de Bolsonaro chamar de “malucos” seus apoiadores que montaram acampamentos golpistas em frente a unidades do Exército após a vitória de Lula (PT) em 2022.

Tem sempre uns malucos ali que ficam com aquela ideia de AI-5, intervenção militar. As Forças Armadas, os chefes militares jamais iam embarcar nessa, porque o pessoal estava pedindo ali, até porque não cabia isso aí e nós tocamos o barco”, disse o ex-capitão em seu interrogatório sobre a trama golpista, no STF.

Na última sexta-feira 27, Moraes declarou encerrada a fase de instrução da ação penal e abriu prazo para as alegações finais da Procuradoria-Geral da República e dos oito réus do chamado núcleo crucial da trama golpista, entre eles Bolsonaro.

Entre os governadores, devem comparecer ao protesto deste domingo o paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), o mineiro Romeu Zema (Novo), o catarinense Jorginho Mello (PL) e o fluminense Cláudio Castro (PL). Por outro lado, o paranaense Ratinho Junior (PSD) e o goiano Ronaldo Caiado (União) não devem participar.

Diversos parlamentares são aguardados na mobilização, a exemplo dos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Luciano Zucco (PL-RS) e dos senadores Magno Malta (PL-ES), Jorge Seif (PL-SC) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Em 6 de abril, o último ato pró-Bolsonaro na Paulista reuniu cerca de 45 mil pessoas em seu horário de pico, segundo o Monitor do Debate Político, vinculado à Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

O principal objetivo, na ocasião, era pedir anistia aos golpistas do 8 de Janeiro — para beneficiar Bolsonaro. A demanda, porém, perdeu força desde então e segue travada no Congresso Nacional.

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