A Academia Paulista de Letras, no centro da capital paulista, foi palco, nesse sábado (28), de um ato em solidariedade ao Irã e ao povo palestino convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO) em parceria com diversas organizações políticas e movimentos sociais. O evento reuniu centenas de pessoas e contou com discursos de lideranças da esquerda e do movimento anti-imperialista no Brasil.
O ativista Thiago Ávila foi um dos primeiros a discursar. Ele afirmou que a atividade representava um gesto importante de solidariedade “ao povo da República Islâmica do Irã e ao povo palestino”. Para ele, a luta contra o imperialismo e o sionismo deve unir trabalhadores da cidade e do campo. “A gente tem que agir com coragem, a gente não tem que ter medo de defender nossas ideias e os nossos princípios”, declarou. Em um tom combativo, Ávila defendeu que “onde quer que o imperialismo e o sionismo tentem colocar suas garras, nós temos que defender com unhas e dentes o nosso povo”.
Ele também afirmou que os povos do mundo vencerão o que chamou de “ameaça histórica” representada pelos Estados Unidos e “Israel”. “Nós estamos juntos. Um grande abraço e uma saudação a todas as organizações desse importante ato, com uma saudação especial ao Partido da Causa Operária”, concluiu.
O jornalista e dirigente do Opera Mundi, Breno Altman, também discursou no ato e parabenizou os organizadores pela iniciativa. “Eu queria cumprimentar todos os companheiros e companheiras do PCO pela realização desse ato em solidariedade ao Irã e ao povo palestino”, disse. Altman elogiou a postura do Irã frente aos ataques sofridos nas últimas semanas. “O povo iraniano e seus líderes deram uma prova de valentia contra o regime sionista e contra os Estados Unidos”, afirmou. Segundo ele, o Irã resistiu a ataques brutais e impediu que “Israel e os Estados Unidos impusessem seus objetivos”, sendo um exemplo de resistência para outros povos.
Antônio Carlos Silva, dirigente do PCO e um dos principais articuladores do ato, avaliou que a atividade representou uma “vitória política importante” tanto pelo conteúdo quanto pela participação. Segundo ele, o ato foi uma celebração da “vitória gigantesca e maiúscula que o povo do Irã teve sobre o imperialismo e o sionismo”, uma luta que, nas palavras do dirigente, também representa todos os povos oprimidos.
Ele destacou a presença de diversos setores da esquerda e movimentos sociais na atividade, como os Comitês de Luta, o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), a Internacional Antifascista, a Frente Nacional de Luta (FNL) e a Frente Internacionalista dos Sem-Teto (FIST). “Esse ato mobilizou setores importantes da esquerda. E como foi dito aqui, é fundamental ampliar a mobilização entre os trabalhadores”, afirmou.
Antônio Carlos disse ainda que o evento cumpriu plenamente seus objetivos e que os militantes saíram com materiais e orientações para continuar a campanha de solidariedade. “Estamos muito satisfeitos pelo resultado, pela reunião dos militantes, dos ativistas, que saem daqui levando materiais para ampliar essa mobilização”, concluiu.