A ofensiva genocida do Estado de “Israel” contra a população palestina transformou Gaza em uma zona de extermínio. A cada novo massacre, cresce a indignação popular em todo o mundo — e também no Brasil. Mas a indignação, por si só, não basta. É preciso transformar essa revolta em mobilização ativa. É preciso sair às ruas, levantar a bandeira do rompimento com “Israel” e organizar uma ampla campanha contra o sionismo e seus aliados.
De acordo com o instituto norte-americano Pew Research Center, apenas 4% dos brasileiros têm uma visão “muito favorável” a “Israel”, contra 14% com visão “muito desfavorável” e outros 44% “um pouco desfavorável”. A pesquisa, mesmo com sua maquiagem evidente, revela uma realidade incontornável: o povo brasileiro está do lado da Palestina. A popularidade do regime sionista no Brasil é quase inexistente.
Trata-se de um dado incontornável que revela uma enorme contradição: enquanto o povo brasileiro repudia “Israel”, o governo segue mantendo relações diplomáticas, comerciais e militares com a entidade colonial. O Brasil continua fornecendo petróleo à ocupação, mantém sua embaixada, celebra acordos, participa de fóruns com representantes do regime sionista — e o faz sob pressão direta do imperialismo e do lobby sionista.
É justamente por isso que a campanha pelo rompimento com “Israel” não deve ser vista como um ataque ao governo Lula, mas como uma forma de enfrentamento aos inimigos que o mantêm refém.
Uma campanha popular contra o sionismo ajuda a mudar a correlação de forças e a isolar os setores mais reacionários da política nacional. Ajuda a romper a paralisia imposta pelo Congresso e pelos banqueiros. Ajuda, inclusive, a abrir espaço para que o governo rompa com seus algozes.
Mobilizar o povo é a única saída. O quadro atual exige iniciativa, firmeza e clareza política. Não há tempo para hesitação. Cada ação conta: um ato, um panfleto, uma campanha, uma palavra de ordem. É necessário explicar ao povo brasileiro que a luta contra “Israel” é a mesma luta contra a direita bolsonarista, contra os banqueiros, contra os entreguistas e contra todos aqueles que sabotam o País em nome dos interesses do imperialismo.
Romper com “Israel” é uma reivindicação popular legítima. Mais do que isso: é um dever elementar de qualquer país que se diga democrático. Quem não luta contra o sionismo, apoia a ocupação.