Apressado pela insatisfação do Congresso, o Planalto liberou emendas parlamentares atrasadas. Mas o gesto, tardio, não evitou a retaliação: os vetos presidenciais ruíram e abriram caminho para a derrota no embate sobre o setor elétrico. O consumidor pagará a conta, mas quem levou a surra foi o Executivo. O governo Lula, ao insinuar que o Congresso bancou o tarifaço da luz, esquecendo-se de que participou do arranjo, o reforçou a divisão infantil entre “nós” e “eles” – e irritou ainda mais o Parlamento. A queda do decreto sobre o IOF teve menos impacto fiscal que valor simbólico e foi a chance de deputados e senadores posarem como defensores do contribuinte. No fundo, ninguém quer resolver o impasse. O corte estrutural de gastos, única saída racional, é evitado por ambos os lados. Executivo e Legislativo preferem manter privilégios e ampliar despesas. (foto/reprodução internet)

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Last Update: 28/06/2025