Depois de meses de impasse, China e EUA firmaram um acordo que promete aliviar o comércio global. Pequim vai liberar as exportações de terras raras, que são vitais para os setores de tecnologia e defesa e, em contrapartida, Washington suspende as restrições herdadas da era Trump. O gesto tem peso estratégico. A disputa entre as duas maiores economias do mundo vinha desorganizando cadeias produtivas e ampliando incertezas sobre matérias-primas críticas. Mas a trégua é parcial. Donald Trump (foto/reprodução internet) já sinalizou novos acordos bilaterais até 9 de julho e, se quiser, pode reverter tarifas suspensas. O tabuleiro se move, mas sem garantias. A guerra comercial dá lugar a armistícios temporários, regidos mais pela conveniência do que pela convicção. No xadrez das potências, nenhum acordo é permanente, apenas as desconfianças.
