Novo relatório aponta que a China esquenta mais rápido que o mundo e vive recordes de calor, inundações, erosão costeira e colapso no ciclo agrícola


Um relatório divulgado nesta sexta-feira (27) pela Administração Meteorológica da China trouxe um alerta preocupante: o país está sofrendo os impactos das mudanças climáticas de forma mais intensa que a média global. O documento, conhecido como “livro azul” sobre o clima chinês, revela que desde os anos 1990 a China vem esquentando em um ritmo mais acelerado que o resto do planeta.

Os dados são alarmantes: tanto a temperatura média anual quanto o nível do mar nas regiões costeiras bateram recordes históricos em 2024. O estudo, que analisou dados desde 1961, mostra um aumento significativo na frequência de eventos extremos – desde ondas de calor intensas até chuvas torrenciais que causam inundações.

Os números que preocupam

  • O nível do mar ao longo da costa chinesa está subindo cada vez mais rápido
  • As geleiras no oeste do país estão derretendo em velocidade acelerada
  • 2024 registrou as temperaturas mais altas desde o início dos registros meteorológicos em 1850

Xiao Chan, vice-diretor do Centro Nacional do Clima da China, foi claro ao apontar as causas: “O aumento da temperatura deve ser atribuído principalmente às atividades humanas, especialmente às emissões de gases de efeito estufa”. Ele também mencionou a influência de variações naturais, como o fenômeno El Niño, mas deixou claro que a ação do homem é o fator determinante.

Impactos no dia a dia

Os efeitos já são sentidos pela população. Agricultores relatam mudanças nos ciclos de plantio, cidades costeiras enfrentam problemas com a erosão marinha e os verões estão se tornando cada vez mais insuportáveis. O relatório serve como um alerta para a necessidade urgente de políticas de adaptação e mitigação.

Enquanto isso, o mundo todo segue a mesma tendência preocupante. O ano de 2024 marcou o recorde de temperatura média global desde que começaram as medições, quase 180 anos atrás. A China, como uma das maiores economias e emissoras de poluentes do mundo, se vê agora no centro desse desafio climático – tanto como causadora quanto como vítima das consequências.

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Last Update: 27/06/2025