A China e os Estados Unidos confirmaram um novo acordo comercial que pode representar uma virada nas tensões econômicas. A notícia foi divulgada inicialmente pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e confirmada nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Comércio chinês.

As partes “confirmaram os detalhes da estrutura” do pacto, informou um porta-voz do governo chinês em comunicado. O texto destaca que “espera-se que Estados Unidos e China alcancem um acordo”, sinalizando que ainda há etapas formais pendentes, mas o essencial já foi negociado.

Concessões mútuas e foco nas terras raras

O entendimento prevê concessões de ambos os lados. De um lado, Washington se compromete a suspender uma série de “medidas restritivas” impostas nos últimos meses. De outro, Pequim deverá “revisar e aprovar os pedidos para os itens de controle de exportação que atendam aos requisitos legais”.

No centro das negociações está o fornecimento de terras raras — metais estratégicos utilizados na fabricação de baterias elétricas, turbinas eólicas e sistemas de defesa. A China, que detém a maior parte da produção mundial desses elementos, havia começado a exigir licenças de exportação em abril, movimento visto como resposta às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump.

Assinatura já realizada; prazos ainda em debate

Segundo Howard Lutnick, o acordo foi fechado na última terça-feira (24) e já recebeu a assinatura do presidente Trump. Em entrevista à Bloomberg TV, o secretário afirmou que 9 de julho continua sendo o prazo final para acordos sobre tarifas recíprocas. No entanto, a Casa Branca deixou em aberto a possibilidade de extensão do prazo.

Talvez possa ser prorrogado, mas esta é uma decisão que corresponde ao presidente“, afirmou a porta-voz Karoline Leavitt. “O presidente pode simplesmente oferecer a estes países um acordo se recusarem propor um antes do prazo final.

Em abril, as duas nações anunciaram o aumento mútuo nas tarifas de importações, iniciando uma escalada que chegou a ultrapassar 100% em alguns casos. No entanto, em maio, após rodadas de negociação em Genebra, Pequim e Washington concordaram em reduzir temporariamente as tarifas aplicadas uma contra a outra — o que abriu espaço para o acordo agora confirmado.

Com informações de Agência Estado e AFP

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Last Update: 27/06/2025