No Reino Unido, a Universidade de Cardiff obteve uma liminar da Alta Corte, possibilitando à burocracia que a governa prender estudantes e qualquer pessoa que proteste sem permissão em suas propriedades. A medida foi uma resposta ao desmantelamento de um acampamento pró-Palestina em frente ao prédio principal da universidade. Esta ação revela mais uma vez a natureza repressiva da ditadura sionista e seus aliados, que buscam silenciar a solidariedade à luta do povo palestino em campi universitários.

A liminar proíbe qualquer protesto e piquete nas propriedades da universidade sem aprovação executiva prévia. É evidente que tal liminar foi uma tentativa de sufocar o movimeto em defesa da Palestina, mas os impactos da repressão judicial podem ser muito mais amplos, atingindo futuras manifestações. A universidade negou estar proibindo a liberdade de expressão ou protestos legítimos, afirmando que a liminar era necessária para manter a segurança do campus, o que é uma farsa completa.

A liminar da Alta Corte concede à universidade o direito de proibir todas as atividades de protesto em 10 locais em seu campus. A medida se aplica tanto à propriedade da universidade quanto às rodovias públicas adjacentes, e foi concedida até julho de 2026.

O corpo dirigente da universidade alerta que “qualquer pessoa que descumprir a ordem estará em desacato ao tribunal e poderá ser presa, multada ou ter seus bens apreendidos”, o que demonstra a gravidade da repressão. O grupo Caerdydd Students for Palestine montou o acampamento pela primeira vez em maio de 2024, exigindo o fim da agressão contra a Palestina.

Professora de direito penal e direitos humanos na Universidade de Swansea, a professora Dra. Val Aston considerou “muito preocupante que a Universidade de Cardiff tenha recorrido ao uso de liminares de protesto. São medidas draconianas que impõem penalidades potencialmente severas para atividades que, de outra forma, são inteiramente lícitas e legítimas”. Ela afirmou que as universidades deveriam ser um local de discussão aberta e que a liminar pode abranger qualquer forma de reunião no campus não aprovada pela universidade.

O sindicato UCU da Universidade de Cardiff informou que a equipe também levantou preocupações. Um porta-voz declarou:

“Agora que vimos a redação completa da liminar, achamos que ela levanta sérias preocupações sobre o direito de protesto de funcionários e estudantes, além de potencialmente colocar em risco atividades sindicais legítimas, como piquetes e realização de comícios”.

A repressão da ditadura sionista, que se manifesta através de seus aliados nas instituições impeiralistas, é uma ameaça direta aos direitos democráticos e à liberdade acadêmica. A tentativa de silenciar a solidariedade ao povo palestino nas universidades, por meio de liminares e ameaças de prisão, demonstra o caráter autoritário do imperialismo.

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Last Update: 27/06/2025