Uma excelente notícia para o bolso dos brasileiros, que devem pagar menos pelos produtos e serviços que consome, para as perspectivas econômicas para o resto do ano, pois inflação baixa abre espaço para queda nos juros e mais emprego, e para o governo Lula, que ganha mais um argumento para fazer frente aos ataques do congresso, e reconquistar eleitores.
A prévia da inflação de junho, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou uma desaceleração importante, marcando 0,26%.
Esse número representa uma queda em relação aos 0,36% de maio, e o grande responsável por essa melhora foi, sem dúvida, o grupo de Alimentação e bebidas, que finalmente viu seus preços caírem (-0,02%) após nove longos meses de altas consecutivas.
Essa boa notícia se reflete diretamente no acumulado trimestral, que atingiu 1,05% em junho. Comparando com os meses anteriores (1,69% em fevereiro, 1,99% em março, 2,32% em abril e 1,44% em maio), esse é o menor patamar do ano, trazendo um alívio considerável para o orçamento das famílias.
Dentro do lar, a alimentação recuou 0,24% em junho, um alívio e tanto depois do aumento de 0,30% em maio. Essa baixa foi impulsionada por itens que são a base da mesa brasileira e que tiveram quedas notáveis.
O tomate, ingrediente essencial em molhos, saladas e refogados, ficou 7,24% mais barato. Além de seu sabor marcante, o tomate é rico em vitaminas e antioxidantes, fundamentais para a saúde e presente em incontáveis pratos da nossa culinária.
O ovo de galinha, fonte de proteína acessível e versátil, teve uma redução de 6,95%. Presente no café da manhã, almoço e jantar, o ovo é um alimento completo e de grande importância cultural em diversas receitas brasileiras, do omelete ao bolo.
O arroz, companheiro inseparável do feijão em qualquer refeição, ficou 3,44% mais em conta. Essa dupla é a base da alimentação de milhões de brasileiros, e a queda no preço do arroz é um alívio direto para a mesa de todos, garantindo mais fartura.
E as frutas, tão importantes para uma alimentação saudável e cheias de vitaminas, viram seus preços caírem 2,47%.
Essas quedas são um respiro para o orçamento familiar, permitindo que mais pessoas tenham acesso a alimentos nutritivos e que fazem parte da nossa cultura alimentar, seja no café da manhã ou como sobremesa. Embora a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%) tenham subido, o impacto geral foi de alívio.
A alimentação fora de casa também deu uma trégua, com uma desaceleração para 0,55% em junho. Isso se deve principalmente à queda no preço do lanche, que passou de 0,84% em maio para 0,32% em junho, tornando aquele lanche rápido um pouco mais acessível.
Mas não foram apenas os alimentos que contribuíram para essa boa notícia.
O grupo de Transportes também trouxe um alívio importante, especialmente com a queda nos preços dos combustíveis, que recuaram 0,69% em junho.
A gasolina, que move a maioria dos carros e é um peso grande no orçamento de quem precisa se deslocar diariamente, teve uma queda de 0,52%. Essa redução é sentida diretamente no bolso de motoristas e no custo de transporte de mercadorias, aliviando o custo de vida.
O óleo diesel, vital para o transporte de cargas, ônibus e para a economia do país, ficou 1,74% mais barato. A queda no diesel é crucial, pois impacta o preço de quase tudo que chega à nossa mesa, desde alimentos até produtos industrializados, tornando a logística mais barata.
E o etanol, alternativa mais sustentável e comum em muitos veículos flex, também viu seu preço cair 1,66%.
Essas reduções nos combustíveis impactam diretamente o custo de vida, desde o frete de produtos até o valor da passagem de ônibus, e são um sinal positivo para a economia.
Outros grupos também tiveram seus movimentos. A Habitação, por exemplo, teve o maior impacto positivo, com alta de 1,08%, puxada pela energia elétrica residencial (3,29%) devido à mudança na bandeira tarifária e reajustes em algumas regiões.
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 5,27%, um pouco abaixo dos 5,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Essa desaceleração, impulsionada principalmente pela queda nos preços dos alimentos e combustíveis, traz um cenário mais otimista para a economia e para o poder de compra dos brasileiros.