Tiago Augusto Nicolau, de 30 anos, ex-integrante da Força Aérea Brasileira, morreu no dia 18 de junho após passar oito dias internado na UTI. Ele foi obrigado a ingerir uma substância corrosiva durante um assalto em Leme, interior de São Paulo. O caso é investigado como latrocínio pela Polícia Civil, mas ainda não há presos.
Desligado da Aeronáutica por um problema de visão, Tiago trabalhava como motorista de aplicativo e também tinha registro como microempreendedor individual, atuando com serviços de carga e descarga.
Ele era casado com Karina Schenaider Alves de Godoy e pai de uma menina, que aparece com frequência nas fotos da família em redes sociais. O crime aconteceu no dia 10 de junho, quando Tiago saiu para lavar o carro na casa da mãe. Horas depois, foi encontrado por um trabalhador rural em uma estrada na zona rural de Leme.
Mesmo consciente, relatou ter sido rendido por dois homens, agredido e forçado a beber um líquido descrito inicialmente como “ácido de bateria”. A vítima não resistiu aos ferimentos causados pela substância corrosiva e morreu dias depois.
O corpo foi enterrado em 20 de junho, com caixão lacrado, no Cemitério São João Batista, em cerimônia breve. “Nos tiraram até a despedida dele”, lamentou a prima Taís Nicolau, em publicação nas redes sociais.
As contas de Tiago nas redes foram restringidas ou desativadas após sua morte. No Facebook, ele mantinha publicações com frases como “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, além de registros ao lado da esposa e da filha. A família ainda busca respostas enquanto o celular e o carro da vítima seguem desaparecidos.
A Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Civil de Leme segue com as diligências e realiza todas as medidas cabíveis. A motivação ainda é investigada e não está descartada a possibilidade de crime pessoal. Amigos e familiares cobram justiça nas redes sociais.
