Um novo relatório publicado no Harvard Dataverse, assinado pelo professor israelense Yaakov Garb, escancara a dimensão do genocídio promovido pelo Estado de “Israel” contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Segundo o estudo, ao menos 377.000 palestinos desapareceram desde o início da ofensiva militar sionista em outubro de 2023, sendo metade deles crianças. O dado mostra o óbvio: um cenário de extermínio massivo, ocultado por balanços oficiosos manipulados pela imprensa imperialista.

Fato é que é um genocídio. A população de Gaza, antes estimada em 2.227 milhões, caiu para cerca de 1.85 milhão, segundo projeções baseadas em dados da própria escumalha israelense. O déficit de 377 mil pessoas não pode ser explicado apenas por deslocamentos: trata-se de mortos, desaparecidos e vítimas soterradas sob escombros, cujos nomes jamais entrarão nas estatísticas oficiais. O relatório denuncia que o número de mortos divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza — cerca de 60 mil — está severamente subestimado, pois ignora os corpos não recuperados e a destruição sistemática dos registros civis.

O genocídio em Gaza não é apenas uma política de extermínio físico, mas também de apagamento social e demográfico. Mulheres, crianças e idosos compõem 59,1% das vítimas diretas, segundo a revista The Lancet, que já alertava, em 2024, que o verdadeiro número de mortos poderia chegar a quase 600 mil caso a ofensiva prosseguisse. Tal dado age diretamente em cima da lorota contada pelo demônio sionista durante evento com os prefeitos brasileiros que estiveram em “Israel”, onde ele afirmava ser errado confiar cegamente nos dados do Ministério da Saúde de Gaza. No fim, ele tinha razão. Não são 60 mil desaparecidos. Podem ser 600 mil.

O relatório de Harvard não se limita a denunciar o massacre direto. Ele expõe o papel da chamada Gaza Humanitarian Foundation (GHF), uma iniciativa criada sob coordenação de “Israel” e dos Estados Unidos, que deveria distribuir ajuda humanitária, mas opera, na prática, como mecanismo de controle militar e deslocamento forçado do imperialismo.

Esses centros de distribuição, longe de oferecer socorro real, estão localizados em zonas de amortecimento — áreas proibidas para civis, sob vigilância e fogo das forças israelenses. A maioria da população de Gaza não consegue acessar esses pontos sem atravessar campos de ruínas e zonas militarizadas, arriscando a própria vida. Desde a implementação do GHF, centenas de palestinos foram mortos ao tentar buscar alimentos ou assistência médica nesses locais, frequentemente alvejados por tiros ou bombardeios.

Os “hubs” de ajuda carecem de infraestrutura básica: não há sombra, água potável, banheiros, assistência médica ou acesso para pessoas vulneráveis. São verdadeiros funis mortais, onde a escassez deliberada e o caos planejado servem de pretexto para novas chacinas. O próprio relatório afirma: “Esses centros não respeitam os princípios humanitários. Sua estrutura e operação parecem responder a outros objetivos, contrários ao seu propósito declarado”.

A catástrofe humanitária em Gaza não é apenas obra do sionismo, mas resultado direto da política imperialista dos EUA e de seus aliados europeus. O relatório de Harvard questiona abertamente o envolvimento dos países de capitalismo avançado no desenho e na execução de mecanismos de controle que aprofundam o genocídio. Empresas privadas de segurança dos EUA operam esses centros sob coordenação militar israelense, transformando a “ajuda” em mais uma arma de guerra contra o povo palestino.

Até organizações internacionais que agem em prol do imperialismo, como a ONU, já denunciaram que o GHF funciona como ferramenta de deslocamento forçado, e que o acesso à comida e à água é sistematicamente negado como método de coerção, configurando crime de guerra. No entanto, a reação da “comunidade internacional” se limita a notas de repúdio, enquanto o massacre prossegue com aval e financiamento das potências imperialistas.

Diante do extermínio em massa, a denúncia e a solidariedade internacional são armas fundamentais. O povo palestino resiste heroicamente há mais de sete décadas ao colonialismo sionista, enfrentando massacres, bloqueios e limpeza étnica.

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Last Update: 26/06/2025