A Câmara dos Deputados aplicou mais uma dura derrota ao governo Lula (PT) nesta quarta-feira 25, ao derrubar o decreto que reajusta alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF. Falta a votação no Senado.
Entre os deputados, o placar foi elástico, como já se projetava: 383 votos por sustar o decreto e 98 para mantê-lo. Ou seja: a base governista não conseguiu reunir sequer 100 votos para sustentar a medida, considerada importante pela equipe econômica.
Partidos do Centrão e da centro-esquerda que ocupam ministérios votaram em peso por derrubar o decreto. Confira:
- União Brasil, com 2 ministérios: 58 votos contra o decreto, nenhum a favor
- MDB, com 3 ministérios: 41 votos contra o decreto, 2 a favor
- PDT, com 1 ministério: 16 votos contra o decreto, nenhum a favor
- PP, com 1 ministério: 48 votos contra o decreto, nenhum a favor
- PSD, com 3 ministérios: 27 votos contra o decreto, 1 a favor
- PSB, com 2 ministérios: 9 votos contra o decreto, 3 a favor
- Republicanos, com 1 ministério: 42 votos contra o decreto, nenhum a favor
O PSOL, que controla um ministério, demonstrou fidelidade ao governo: deu todos os seus 13 votos por manter o decreto. No PT, o resultado foi de 65 votos por conservar o texto e um por sustá-lo — neste caso, porém, houve um engano do deputado Rui Falcão (SP), que já pediu a correção à Câmara.