O kit de joias conhecido como “ouro branco” e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

A Polícia Federal fez uma série de apresentações em PowerPoint para explicar como funciona o esquema da venda de joias do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares. O relatório da corporação aponta que o desvio dos itens faz parte de uma estrutura da “de organização criminosa”.

Segundo o documento da corporação, a venda ilegal das joias faz parte de um esquema de “uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens”. A PF ainda cita a inserção de dados falsos em cartões de vacinação, o plano de golpe de Estado e ataques a instituições e opositores nessa estrutura.

 

PF relaciona desvio de joias a outros inquéritos contra Bolsonaro e aliados. Foto: Reprodução

Outras duas ilustrações detalham as negociações de itens apropriados pelo ex-presidente nomeados de “barco e árvore dourados”. Segundo a PF, o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, teria guardado os objetos em sua casa em Miami, nos Estados Unidos.

“Mauro Cesar Lourena Cid e seu filho Mauro Cesar Barbosa Cid encaminharam os objetos desviados, pertencentes ao acervo público brasileiro, para estabelecimentos comerciais especializados, para serem avaliados e alienados (diretamente e/ou por leilão)”, diz o documento.

Relatório da PF detalha caminho de joias desviadas por Bolsonaro e aliados. Foto: Reprodução
Valor da venda dos itens foi guardado pelo general, entregue ao filho e posteriormente a Bolsonaro. Foto: Reprodução

O relatório ainda conta com uma ilustração que explica o caminho do “kit ouro branco”, composto por anel, abotoaduras, rosário islâmico e relógio da marca Rolex. O conjunto foi dado a Bolsonaro em visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019.

“Kit ouro branco” foi recebido por Bolsonaro em viagem à Arábia Saudita. Foto: Reprodução
Segundo a investigação, negociação do conjunto contou com o ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef, Cid e os auxiliares Osmar Crivelatti e Marcelo da Costa Câmara. Foto: Reprodução

Os relógios Patek Philippe e Rolex recebidos por Bolsonaro também receberam uma ilustração. Os itens foram levados aos Estados Unidos no avião presidencial e negociados por Cid. Seu pai, o general Lourena Cid, apontado como operador do esquema, foi quem ocultou os valores, de acordo com a PF.

Os itens foram vendidos por US$ 68 mil (cerca de R$ 372 mil) para a empresa Precision Watches em junho de 2022.

Relógios foram transportados para os Estados Unidos em voo do avião presidencial. Foto: Reprodução
Lourena Cid ficou com o valor das vendas e depois transferiu o dinheiro a Bolsonaro. Foto: Reprodução

As ilustrações fazem parte do relatório da Polícia Federal no inquérito das joias. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo sobre o documento nesta segunda (8) e deu um prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o caso.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link

Siga nossa nova conta no X, clique neste link

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 08/07/2024