
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou uma “vitória histórica” após 12 dias de conflito com o Irã, embora tenha destacado que a campanha contra o chamado “eixo do Irã” ainda não terminou. Segundo ele, as prioridades agora são derrotar o grupo Hamas e resgatar os reféns mantidos na Faixa de Gaza. Com informações do g1.
Do lado iraniano, o recém-eleito presidente Masoud Pezeshkian também classificou o desfecho como uma “grande vitória” para Teerã.
O cessar-fogo foi anunciado pelos Estados Unidos na noite anterior, com apoio do Catar, e entrou em vigor nas primeiras horas desta terça-feira (1h da manhã em Brasília). A trégua, no entanto, foi colocada em xeque após denúncias de violações por ambos os lados.
“Israel tem de se acalmar. Se jogar bombas, será uma grande violação”, advertiu o presidente Donald Trump, que liderou a mediação. Ele expressou insatisfação com a postura tanto de Israel quanto do Irã, mesmo após os compromissos assumidos por ambos.

Os números do conflito impressionam. O governo iraniano confirmou 610 mortos e mais de 4.700 feridos em decorrência dos ataques israelenses. Já a ONG Human Rights Activists News Agency, com sede nos EUA, estima 974 mortos e 3.400 feridos no Irã.
Do lado israelense, a retaliação iraniana deixou 28 mortos e mais de 1.400 feridos, sobrecarregando o sistema de defesa aérea do país. Com a trégua, Israel reabriu o aeroporto Ben Gurion e suspendeu restrições internas. O espaço aéreo iraniano também foi liberado.
Apesar da trégua, Israel continua suas operações na Faixa de Gaza. O chefe das Forças Armadas israelenses, Eyal Zamir, afirmou que o foco agora é eliminar o Hamas e libertar os reféns. A ofensiva havia sido retomada em março, após um período de pausa humanitária.
Ainda há denúncias de violência nos locais de distribuição de alimentos em Gaza. O acordo de cessar-fogo foi intermediado por autoridades dos EUA e do Catar, após o ataque iraniano a uma base americana no sábado (21), em resposta a bombardeios dos EUA a instalações nucleares no Irã.