Foi Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que forçou Irã e Israel a retomarem as conversas de paz e firmarem o acordo de cessar-fogo assinado ontem (23) por eles. Mesmo assim, ambos os lados violaram a paz na manhã de hoje (24). Israel bombardeou Teerã e o Irã lançou mísseis no norte do país judeu. O chefe do estado americano teve que pressionar de novo os dois países a respeitarem o que foi decidido, mas parece que cada lado teve sua própria interpretação do pacto.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, anunciou, depois de 12 dias de conflito, que a guerra chegou ao fim com Israel e é “uma grande vitória” ao seu país. Ele ainda afirmou que ela “foi imposta pelo aventureirismo de Israel”.
Já o regime sionista foi difuso no seu discurso de paz. Uma declaração oficial do governo disse “Israel removeu de si uma dupla ameaça existencial – ambas a questão nuclear e as ameaças de mísseis balísticos,” dando a entender que não haverá mais ataques ao Irã. Mesmo assim, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas do país, Eyal Zamir, afirmou que um “capítulo importante” da guerra foi concluído, mas “a campanha contra o Irã ainda não terminou”.
Ele acrescentou que “o exército irá voltar seu foco para a guerra contra os militantes do Hamas, apoiados pelo Irã, em Gaza.” De sua fala, podemos depreender duas coisas: primeiro, que a paz no Oriente Médio é frágil e o conflito pode se reacender a qualquer momento; em segundo lugar, que o genocídio da população palestina continuará por tempo indeterminado.