A brasileira Juliana Marins, encontrada morta nesta terça (24) após cair de trilha na Indonésia. Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou publicamente seu pesar pela morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que faleceu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Em publicação nas redes sociais nesta terça-feira (24), Lula afirmou que recebeu a notícia “com muita tristeza” e garantiu que o governo brasileiro continuará prestando apoio à família.

“Recebi com muita tristeza a notícia da morte de Juliana Marins após queda durante trilha no vulcão Rinjani. Nossos serviços diplomáticos e consulares na Indonésia seguirão prestando todo o apoio à sua família neste momento de tanta dor”, escreveu o presidente.

“E quero expressar a minha solidariedade à sua família – solidariedade que, tenho certeza, também é de todo o povo brasileiro. Que Deus conforte seus corações”, completou.

Resgate difícil e falhas na assistência

Juliana desapareceu no último sábado (21) após cair em um penhasco durante a subida ao Monte Rinjani, um vulcão ativo de 3.721 metros de altitude. As buscas duraram quatro dias e foram prejudicadas pelas condições climáticas adversas. Seu corpo foi encontrado nesta terça-feira (24) sem sinais de vida.

A família da jovem, natural de Niterói (RJ), relatou falhas no atendimento durante a trilha. De acordo com relatos, Juliana foi deixada sozinha por mais de uma hora pelo guia que acompanhava o grupo.

“A gente descobriu isso em contato com pessoas que trabalham no parque. Juliana estava nesse grupo, porém ficou muito cansada e pediu para parar um pouco. Eles seguiram em frente, e o guia não ficou com ela”, contou a irmã, Mariana, em entrevista ao “Fantástico”, da Globo.

O guia Ali Musthofa, de 20 anos, confirmou à imprensa que Juliana pediu para descansar, mas afirmou que o combinado era esperá-la um pouco mais à frente. “Ele seguiu com o grupo até o cume que eles iam alcançar, e Juliana ficou sozinha por mais de uma hora”, disse a irmã. Segundo Ali, ele teria voltado após três minutos ao notar a demora da brasileira, mas já a encontrou caída.

O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota confirmando “com profundo pesar” a morte de Juliana e informando que a embaixada brasileira em Jacarta acompanhou de perto as operações de resgate. O governo indonésio foi acionado imediatamente após o desaparecimento, mas as condições do terreno e o clima dificultaram o trabalho das equipes.

Quem era Juliana Marins

Juliana, de 26 anos, documentava sua viagem solo pela Ásia em redes sociais, onde compartilhava experiências como retiros de yoga, vivência em monastério budista e mergulho profissional. “Saí do Brasil sozinha para viver esse mochilão. Tô vivendo devagar e sem muitos planos. Improvisando e deixando a vida acontecer”, escreveu em março.

Na Tailândia, ela refletiu sobre propósito e filosofia budista: “Aprendi muito com a cultura e a filosofia de vida, mas também sobre respeitar o que eu sinto e seguir o que faz sentido”. Apaixonada por pole dance, chegou a se apresentar publicamente no ano passado.

Profissionalmente, trabalhou em empresas como Canal Off, Multishow e na agência Mynd, além de participar do evento Rio2C. Também fez intercâmbio voluntário no Egito, fotografando 12 cidades para promover turismo sustentável.

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Last Update: 24/06/2025