Israel voltará a se concentrar na Faixa de Gaza, onde diz combater o grupo palestino Hamas, após os 12 dias de guerra com o Irã. A afirmação partiu do tenente-general Eyal Zamir, chefe do Estado-Maior do Exército israelense, nesta terça-feira 24.

Também nesta terça, a Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou que 46 pessoas que esperavam ajuda humanitária morreram e outras dezenas ficaram feridas por disparos israelenses perto de centros de distribuição.

Israel impôs no começo de março um bloqueio humanitário ao território, parcialmente aliviado no fim de maio, que provocou falta de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais.

A Fundação Humanitária de Gaza, uma organização com financiamento obscuro apoiada por Estados Unidos e Israel, faz a gestão de quatro centros de distribuição de comida em Gaza, sobretudo em setores onde os disparos desta terça-feira ocorreram.

A guerra no enclave palestino começou em 7 de outubro de 2023 com um ataque do Hamas contra Israel que causou a morte de 1.219 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem baseada em dados oficiais israelenses.

Desde então, mais de 56 mil palestinos, em sua maioria civis, foram mortos em Gaza na campanha militar israelense, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

O novo foco de Israel em Gaza ocorre após entrar em vigor, nesta terça-feira, um frágil cessar-fogo com o Irã, depois de 12 dias de guerra e bombardeios — inclusive lançados pelos Estados Unidos — a instalações nucleares da República Islâmica.

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o cessar-fogo já está em vigor e acusou os dois países, em particular Israel, de violar a trégua.

(Com informações da AFP)

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Last Update: 24/06/2025