O Partido da Causa Operária (PCO) e os Comitês de Luta estão convocando para este sábado, 28 de junho, às 9h, um grande ato em defesa do Irã e contra a agressão imperialista, na Academia Paulista de Letras, no Largo do Arouche, em São Paulo. A manifestação ocorre em um momento crítico, em que os Estados Unidos, aliados aos sionistas de “Israel”, desferiram um ataque direto contra o Irã — ação que representa uma escalada sem precedentes na guerra em curso no Oriente Médio.

O objetivo do ato é expressar o apoio incondicional ao povo iraniano e sua legítima defesa diante da brutalidade imperialista. “Nós apoiamos o Irã. Não tem essa conversa de que o regime é isso ou aquilo”, declarou Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, ao convocar a militância. Ele ressaltou que a prioridade absoluta é a defesa daqueles que, com armas nas mãos, enfrentam a barbárie promovida por “Israel” e seus aliados imperialistas.

No último sábado (21), o presidente norte-americano Donald Trump confirmou que os EUA realizaram bombardeios a três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. Segundo Trump, a operação teria destruído completamente as unidades de enriquecimento de urânio, configurando um ataque direto ao direito soberano do Irã de desenvolver sua tecnologia nuclear. O ataque foi executado com bombardeiros furtivos B-2, em cooperação com as Forças Armadas sionistas.

Ainda que Trump tenha tentado apresentar a ação como um “sucesso militar”, os informes vindos do próprio Irã e da imprensa local desmentem a versão norte-americana. Segundo a agência estatal IRNA, os moradores próximos a Fordow não relataram qualquer explosão, e a movimentação nas cidades atacadas seguiu normalmente. O vice-diretor da Corporação Iraniana de Transmissão informou que os materiais nucleares haviam sido previamente evacuados, e que os danos foram limitados.

Apesar disso, o ataque foi amplamente repudiado por organizações da resistência árabe. O Hamas emitiu uma nota oficial condenando “a agressão brutal dos Estados Unidos” e reafirmando sua solidariedade ao Irã. No mesmo tom, o Ansar Alá, partido que governa o Iêmen, declarou que o ataque marca o início, e não o fim da guerra: “destruir uma instalação nuclear aqui e ali não é o fim da guerra, mas o começo”.

Trump, por sua vez, voltou a ameaçar novos ataques em pronunciamento à nação, exaltando o papel de Netaniahu e das Forças Armadas sionistas como aliados decisivos na ofensiva. Segundo ele, há “muitos alvos restantes” que podem ser destruídos “em questão de minutos”.

Para o PCO, o ataque representa uma clara tentativa de incendiar o Oriente Médio e arrastar o mundo para uma nova guerra mundial. Não se trata de uma simples disputa regional entre “Israel” e Irã, mas de uma guerra declarada do imperialismo contra um país historicamente oprimido e independente. Dado essa realidade, o dever de toda a esquerda é se posicionar com firmeza e sem ambiguidades ao lado do Irã, contra os agressores imperialistas.

Além de denunciar a agressão, o ato tem como objetivo exigir do governo Lula o rompimento imediato das relações diplomáticas com o Estado sionista. Não há justificativa para manter qualquer laço com “Israel”, um Estado nazista, responsável por crimes sistemáticos contra a humanidade, como o genocídio em curso na Faixa de Gaza.

A conjuntura torna urgente a construção de uma frente única internacional contra o imperialismo, unindo os setores realmente comprometidos com a luta dos povos oprimidos. Como afirma o próprio PCO, é preciso agrupar todos aqueles que têm como bandeira principal a luta anti-imperialista — no Brasil e no mundo.

Compareça, leve seus companheiros e participe desta mobilização histórica pela Palestina, pelo Irã e por toda a humanidade.

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Last Update: 24/06/2025