Neste domingo (22) o porta-voz das Forças Armadas do Iêmen, brigadeiro-general Yahya Saree, anunciou oficialmente a entrada do país na guerra ao lado do Irã contra os Estados Unidos e “Israel”. A declaração iemenita vem após os ataques diretos do governo norte-americano ao território iraniano que ocorre durante a noite de sábado (21).

A entrada do Iêmen mostra uma escalada no conflito e de que a união de toda resistência islâmica na região contra a ocupação sionista é uma realidade. O país árabe, que até pouco tempo atrás também estava sob ataque dos governos norte-americano e sionista, que de forma espetacular fez a corja sionista recuar, novamente entra no conflito e afirma “que está oficialmente entrado na guerra”.

“O Iêmen está oficialmente entrando na guerra (contra os Estados Unidos e ‘Israel’). Mantenham seus navios longe de nossas águas territoriais”, declarou Saree. O Brigadeiro-General Yahya Saree não detalhou quais ações militares específicas o país pretende realizar contra o enclave imperialista e os EUA, além do alerta para que navios se mantenham afastados das águas territoriais iemenitas.

Na sexta-feira (20) em uma declaração de Saree divulgada pela rede libanesa Al Mayadeen já havia a afirmação por parte do Ansar Alá, de que atacariam navios de guerra e embarcações comerciais dos Estados Unidos que transitarem pelo Mar Vermelho e pelo estreito de Bab al-Mandab, caso os EUA iniciasse uma ofensiva militar contra o Irã.

“Qualquer ataque conjunto dos EUA e de Israel contra o Irã constitui uma agressão direta contra a nação, com o objetivo de impor a hegemonia sionista sobre a região e confiscar a liberdade e a independência de seu povo”, afirmou Saree, em pronunciamento oficial. Segundo ele, “as Forças Armadas do Iêmen estão monitorando de perto todos os movimentos militares hostis na região e tomarão as medidas necessárias para proteger o país”.

Durante sua declaração, o porta-voz iemenita enfatizou que o movimento revolucionário vê o Irã como um aliado regional e rejeita qualquer ataque contra a República Islâmica: “o Iêmen não ficará de braços cruzados diante de qualquer agressão contra um estado islâmico irmão”.

Dentro de um contexto mais geral e em solidariedade ao povo palestino e iraniano – citados diretamente durante o discurso – o porta-voz iemenita afirmou: “a batalha é a batalha de toda a nação. Não abandonaremos nossos irmãos em Gaza e estaremos ao lado de todos que enfrentam a agressão sionista, seja em legítima defesa ou em apoio à resistência palestina”.

Desde novembro de 2023, dois meses após a operação da Resistência Islâmica da Palestina, Hamas, contra a ocupação sionista, o Ansar Alá ataca embarcações comerciais, na região citadas acima vinculadas a “Israel” e seu maior apoiador no genocídio contra os palestinos em Gaza, os Estados Unidos.

Após atacar diretamente a população palestina em Gaza a entidade sionista através do Estado fictício de “Israel” expandiu suas ações de guerra criminosas contra o Líbano, Síria, Iraque, Iêmen e agora atacam o Irã. Os ataques violam diretamente tratados, acordos e convenções internacionais e não tem qualquer legitimidade.

O ataque desesperado do governo norte-americano deixa claro que a derrota da ocupação sionista e do governo israelenses segue a todo vapor. A ação de Trump contra o Irã nada mais é do que um meio de socorrer o governo israelense, que necessita urgentemente envolver diretamente outros países no conflito na região, pois não consegue avançar contra a resistência que luta por seu território há mais de 80 anos contra a ocupação sionista.

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Last Update: 24/06/2025