
Israel realizou nesta segunda-feira (23) o maior ataque já registrado contra Teerã, capital do Irã. De acordo com a porta-voz militar Effie Defrin, a ofensiva mobilizou 50 aeronaves e disparou cerca de 100 munições contra alvos militares e infraestruturas ligadas à segurança interna iraniana. Com informações da CNN Brasil.
A prisão de Evin, conhecida por abrigar presos políticos, foi um dos locais atingidos. Segundo Defrin, o objetivo é reduzir a capacidade do Irã de lançar mísseis terra-terra, especialmente após a escalada de tensão gerada pela retaliação dos Estados Unidos no fim de semana.
“Quanto mais aprofundamos os ataques, mais reduzimos essa capacidade”, disse a porta-voz. Ela afirmou ainda que os ataques seguirão “em Teerã e em outros lugares” e que o exército israelense mantém um amplo banco de alvos a serem atingidos.

O conflito se agravou após os EUA lançarem mísseis contra instalações nucleares iranianas. Horas depois, o Irã respondeu com um ataque a uma base americana no Catar, disparando 14 mísseis, segundo o ex-presidente Donald Trump. Nenhum dano ou ferimento foi registrado.
Questionado sobre apoio a países do Golfo em caso de retaliações iranianas, o governo de Israel afirmou que mantém contato com aliados em toda a região. A movimentação é parte de uma coordenação regional diante do risco de novos ataques.
A ação israelense também intensifica o cerco contra o uso de drones e mísseis por parte do Irã em conflitos indiretos na região, como na Síria e no Iêmen. Tel Aviv busca ampliar sua frente defensiva e ofensiva diante da crescente pressão iraniana.
Enquanto parte da América Latina condenou os ataques americanos ao Irã, líderes como Trump classificaram a retaliação iraniana como “fraca” e pediram por um retorno à estabilidade.