
O Catar, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Kuwait decidiram fechar seus aeroportos nesta segunda (23) após a escalada na guerra entre Irã e Israel. A ação foi motivada pelos mísseis lançados pelo Teerã contra bases militares dos Estados Unidos no Oriente Médio.
O ataque do Irã aconteceu após o bombardeio autorizado por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, contra instalações nucleares iranianas no sábado (21). A escalada da guerra tem gerado preocupação internacional, e o fechamento do espaço aéreo foi uma das medidas de precaução adotadas pelos países da região.
O governo do Catar, por meio do Ministério das Relações Exteriores, explicou que o fechamento temporário do tráfego aéreo foi uma medida necessária para garantir a segurança dos cidadãos, residentes e visitantes no país. Além disso, o governo local informou que a decisão também visava proteger a infraestrutura crítica e evitar danos maiores em caso de novas hostilidades.
As embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido no Catar também emitiram comunicados de alerta para seus cidadãos, recomendando que se isolassem em suas residências até que a situação se estabilizasse. A expectativa é que o conflito cresça ainda mais e afete a região do Golfo Pérsico.

Em meio ao fechamento dos espaços aéreos, o Emirados Árabes Unidos também tomaram a decisão de suspender voos, com a capital Abu Dhabi localizada a apenas 300 quilômetros de Doha. O Bahrein e o Kuwait seguiram a mesma linha e fecharam seus espaços aéreos.
A companhia aérea Egyptair, uma das maiores do Oriente Médio, anunciou também a suspensão de todos os voos para os países do Golfo Pérsico, alegando que a situação de instabilidade tornou inviável manter os voos regulares para essa região até que a situação seja normalizada.
O Irã atacou bases militares dos Estados Unidos de Al Udeid e Ain al-Asad nesta segunda (23) após ofensiva americana contra suas instalações nucleares no fim de semana. Os mísseis fazem parte da “Operação Anunciação da Vitória” e, segundo o Teerã, têm como objetivo dar uma resposta à presença militar americana na região.