De olho nas eleições de 2026, nas quais passarão a valer novas regras sobre a cláusula de barreira, o Solidariedade, chefiado pelo deputado federal Paulinho da Força (SP), apostará em uma federação com o Partido da Renovação Democrática, o PRD. O arranjo deve ser formalizado nesta quarta-feira 25.

Juntas, as siglas terão uma bancada de 10 deputados federais e um governador. Os dois partidos já formaram um bloco na Câmara com o Avante, que, por enquanto, descarta participar da federação. A expectativa é que dirigentes partidários ainda estabeleçam diálogos com Podemos e PSDB, siglas que negociavam uma fusão, mas recuaram.

A federação Solidariedade-PRD deve formalizar a documentação ao longo da semana, com a constituição da aliança em cartório. Na sequência, a papelada deve ser encaminhada à Justiça Eleitoral. A direção nacional terá oito membros e a presidência ficará com Ovasco Resende, do PRD.

Nesse formato, os partidos funcionam como uma única legenda por, no mínimo, quatro anos, compartilhando fundo eleitoral, tempo de TV e votos proporcionais — o que pode favorecer a eleição de bancadas mais robustas no Congresso e nas assembleias legislativas.

Nos últimos anos, os dois partidos fizeram movimentos para driblar um possível asfixiamento financeiro, já que em 2026 haverá um endurecimento dos critérios para recebimento de recursos públicos. As novas regras preveem que as legendas terão de atingir um desempenho mínimo nas urnas para acessar as verbas e ter direito ao tempo gratuito de propaganda na televisão.

O PRD é fruto da fusão entre o PTB e o Patriotas. Em 2023, o PROS foi incorporado ao Solidariedade e deixou de existir.

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Last Update: 23/06/2025