A brasileira Juliana Marins (26) e equipe de resgate que tenta buscá-la Monte Rinjani. Foto: Reprodução

A brasileira Juliana Marins, de Niterói (RJ), foi avistada por socorristas na manhã desta segunda-feira (23), no horário local da Indonésia, a 500 metros do penhasco de onde caiu durante trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Ilha de Lombok. A jovem foi identificada por um drone operado pela equipe de busca, mas estava imóvel, segundo informou o perfil oficial do local.

“Às 6h30 [de segunda-feira em Lombok, 17h30 de domingo no Rio], a vítima foi localizada com o uso de um drone, em posição presa a um paredão rochoso, a uma profundidade de aproximadamente 500 metros, e visualmente sem sinais de movimento”, informou o parque.

Horas antes, às 5h de Brasília, a família havia relatado nova interrupção no resgate. As equipes enfrentam condições extremamente adversas, com neblina densa, terreno instável e pouca visibilidade. “Por segurança, a equipe foi recolhida a uma posição segura”, afirmou a nota.

Durante a tarde na Indonésia, autoridades locais se reuniram com o governador de Nusa Tenggara Ocidental para discutir formas de acelerar o resgate. “O governador incentivou a aceleração do resgate com a opção de uso de helicóptero”, acrescentou a administração do parque.

Dois alpinistas experientes, considerados referência na região, se uniram à equipe de resgate e estão a caminho do local do acidente com equipamentos específicos. “Não temos a informação se eles conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço”, informou o perfil oficial da campanha @resgatejulianamarins, criado pela família da jovem.

Juliana Marins em trilha na ilha de Lombok, na Indonésia, vista por drone. Foto: Reprodução

Juliana teria caído cerca de 600 metros abaixo da trilha principal. A família expressa crescente desespero com a lentidão das ações: “Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo, faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram. Mais uma vez! Mais um dia! Nós precisamos de ajuda!”

Críticas também foram direcionadas à condução das autoridades indonésias: “O parque segue com a sua atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha, enquanto Juliana está precisando de socorro! Nós não sabemos o estado de saúde dela! Ela segue sem água, comida e agasalhos! Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”

A família diz que o clima adverso já era previsto nesta época do ano e que as equipes deveriam estar preparadas. “Aparentemente é padrão que o clima se comporte dessa forma. Eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate! Lento, sem planejamento, competência e estrutura!”, escreveu o perfil da campanha.

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Last Update: 23/06/2025