
As Forças Armadas dos Estados Unidos afirmaram neste domingo (22) que ainda é cedo para confirmar se o programa nuclear iraniano foi completamente destruído após os bombardeios realizados no sábado (21) contra três centrais nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Isfahan. A ofensiva, batizada de “Operação Martelo da Meia-Noite”, envolveu mísseis Tomahawk, bombas de precisão e aviões furtivos B-2.
De acordo com o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, os alvos sofreram danos graves, mas a avaliação completa ainda está em andamento. A central subterrânea de Fordow, apesar de ter sido atingida por bombas “bunker-buster” com 14 toneladas de explosivos, não foi destruída por completo.
As declarações de Caine contrastam com o pronunciamento do presidente Donald Trump, que no sábado declarou que o programa nuclear iraniano havia sido “obliterado”. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reforçou neste domingo que a ação militar foi restrita às instalações nucleares e não visa promover uma mudança de regime no Irã.

Imagem: Eduardo Muñoz/Reuters
A operação foi planejada em segredo e incluiu táticas diversionistas, como o envio de caças de diferentes regiões para confundir as defesas iranianas. Submarinos também participaram do ataque disparando mísseis de cruzeiro a partir do Golfo Pérsico.
Fontes do Pentágono afirmam que a missão utilizou 75 munições guiadas de alta precisão e teve como foco neutralizar a capacidade do Irã de enriquecer urânio. No entanto, autoridades da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informaram que não há sinais de vazamento de radiação nas áreas afetadas.
A escalada militar aumenta a tensão no Oriente Médio, com o Irã prometendo retaliação. A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos, enquanto especialistas avaliam os riscos de novos confrontos envolvendo grandes potências.