
O ataque realizado pelos Estados Unidos contra três instalações nucleares no Irã, no sábado (21), provocou forte repercussão internacional e gerou uma onda de condenações por parte de governos e organizações em todo o mundo.
A ação, anunciada pelo presidente Donald Trump como uma resposta estratégica ao avanço do programa nuclear iraniano, marcou uma nova fase na escalada do conflito no Oriente Médio e foi duramente criticada por diversas potências globais.
A Rússia classificou o ataque como uma “decisão irresponsável” e uma “violação flagrante do direito internacional”, exigindo o fim imediato da ofensiva e o retorno ao diálogo diplomático. Moscou alertou que a ação ameaça a estabilidade global e compromete as normas da Carta das Nações Unidas, pedindo esforços para restaurar um caminho político na região.
Luz estranha aparece depois do bombardeio dos EUA em instalação Nuclear do Irã pic.twitter.com/x5ywjyAPva
— Andre Costa (@andrecostausa) June 22, 2025
A China também condenou a ofensiva, acusando os EUA de agravar as tensões no Oriente Médio. O governo chinês pediu um cessar-fogo imediato, especialmente por parte de Israel, e apelou para que todas as partes retornem à negociação. “As ações dos EUA violam gravemente os princípios da ONU e do direito internacional”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país.
Na Europa, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer afirmou que o Irã jamais deve desenvolver uma arma nuclear, mas defendeu que a saída para a crise é diplomática. Ele instou o Irã a retornar às negociações.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, pediu “redução da tensão” e alertou para os riscos de uma nova escalada militar na região.
Na região do Oriente Médio, países como Iraque, Arábia Saudita e Paquistão expressaram preocupação com a instabilidade causada pelo bombardeio.
O Iraque classificou a ação como uma grave ameaça à paz regional, enquanto a Arábia Saudita destacou a necessidade de contenção e diálogo. O Paquistão considerou o ataque uma violação do direito internacional e reconheceu o direito do Irã à autodefesa.
Organizações internacionais também se manifestaram. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para uma “escalada perigosa” e reafirmou que “não há solução militar para o conflito”. A AIEA, agência nuclear da ONU, informou que não houve aumento nos níveis de radiação, mas convocou reunião de emergência.
Grupos aliados ao Irã também reagiram. O Hamas condenou a ofensiva americana como “flagrante agressão”, e os houthis, do Iêmen, afirmaram que a ação representou uma “declaração de guerra”.
A reação do Papa Leão XIV também entrou no centro das discussões. Durante a oração do Angelus no Vaticano, ele expressou profunda preocupação com a escalada da violência na região: “A humanidade clama e clama pela paz diante das notícias alarmantes do Oriente Médio”.
Retaliação
A resposta iraniana ocorreu em forma de retaliação neste domingo (22), após o país lançar dezenas de mísseis contra Israel.
As ofensivas atingiram Tel Aviv, Haifa e Ness Ziona, deixando ao menos 23 feridos, segundo autoridades locais.
Imagens divulgadas por agências internacionais mostram prédios severamente danificados, principalmente na região de Ramat Aviv, em Tel Aviv.
Tel Aviv in Israel today after Iranian missile strikes.#IsraeliranWar #USAirForce pic.twitter.com/sM5QVbHey2
— Maithil_Arjun (@MaithilArjunBJP) June 22, 2025