Mapa com a localização estratégica do Estreito de Ormuz, rota crucial para o escoamento de petróleo do Oriente Médio – Foto: Reprodução

Neste domingo (22), o Parlamento do Irã aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz como resposta direta aos bombardeios norte-americanos contra instalações nucleares do país, ocorridos no sábado (21). A decisão ainda depende da aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional e do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor oficialmente. Com informações do G1.

O Estreito de Ormuz é responsável pelo transporte de aproximadamente 20% do petróleo comercializado no mundo. Localizado entre o Irã e Omã, a região é considerada estratégica para o comércio internacional de energia. O bloqueio pode causar sérios impactos econômicos globais, elevando drasticamente o preço do petróleo.

Desde o início das ofensivas, o preço do barril já registrou forte alta. O Brent subiu 13,5%, passando de US$ 69,36 para US$ 78,74 em apenas uma semana. O WTI também teve avanço expressivo, com alta de 10,9%. Analistas do JPMorgan alertam que, em caso de bloqueio total ou escalada no conflito, o valor pode chegar a até US$ 130 por barril.

Os Estados Unidos, que protegem a navegação comercial no estreito com apoio da 5ª Frota baseada no Bahrein, alertaram petroleiros a redobrarem a atenção. Agências marítimas globais também emitiram orientações de segurança, temendo retaliações ou confrontos na área.

A possibilidade de fechamento do Estreito já foi levantada outras vezes, como em 2019, quando Donald Trump se retirou do acordo nuclear com o Irã.

A rota é essencial para exportações de petróleo de países como Irã, Arábia Saudita, Kuwait e Catar.

Segundo dados da Vortexa, entre 17,8 e 20,8 milhões de barris por dia passam pelo estreito. Os Emirados Árabes e a Arábia Saudita já buscam rotas alternativas, e os EUA monitoram a situação com atenção máxima.

Retaliação iraniana

O ataque dos Estados Unidos ao Irã fez com que o país, neste domingo, retaliasse, lançando dezenas de mísseis contra Israel.

As ofensivas atingiram Tel Aviv, Haifa e Ness Ziona, deixando ao menos 23 feridos, segundo autoridades locais.

Imagens divulgadas por agências internacionais mostram prédios severamente danificados, principalmente na região de Ramat Aviv, em Tel Aviv.

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Last Update: 22/06/2025