O governo Lula tenta reviver a retórica “ricos contra pobres” como tática eleitoral para 2026. A fórmula, que remete às derrotas do petista nos anos 1990, hoje esbarra num obstáculo mais profundo: o cansaço com o próprio Lula. A comunicação do Planalto passou a falar em “justiça fiscal” para justificar aumentos de impostos sobre empresas e classe média, vendendo o discurso de que quem reclama é porque “pode pagar”. Baixar a conta de luz de uns à custa de outros virou símbolo desse populismo revestido. O problema central, porém, não é a mensagem, é o mensageiro. A imagem de um governo disperso, sem liderança nem resultados claros, alimenta um sentimento crescente de fadiga. Em vez de renovar a política, o presidente Lula (foto/reprodução internet) ensaia antigos papéis num país que já mudou de canal.
