Gleisi Hoffmann, ministra da SRI. Foto: reprodução

A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), assumiu a liderança de uma nova estratégia do governo Lula (PT) para aproximação com o público evangélico, que apresenta 61% de rejeição ao presidente segundo pesquisa Datafolha de junho. A articulação política inclui encontros com lideranças religiosas e a elaboração de um cronograma de reuniões entre ministros e pastores.

Em conversas recentes, pastores considerados “progressistas” entregaram à ministra um documento com demandas específicas, incluindo a criação de uma assessoria especializada em assuntos religiosos e a realização de um encontro direto entre Lula e lideranças evangélicas.

“É importante que o diálogo seja feito a partir da massa evangélica e não apenas com seus líderes”, afirmou Nilza Valéria Zacharias, da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, que participou dos encontros, em entrevista ao Globo.

A estratégia do Planalto prevê evitar confrontos diretos com pastores opositores e focar na comunicação com os fiéis, reconhecendo a diversidade desse público que representa 26,9% da população brasileira (47 milhões de pessoas).

Lula com evangélicos. Foto: reprodução

Ministros evangélicos como Jorge Messias (AGU) têm sido peças-chave nessa aproximação, ele representou o governo na Marcha para Jesus em São Paulo, em que Lula enviou carta enaltecendo o evento.

O pastor Sergio Dusilek avaliou que “é cedo para dizer se haverá resultado, mas o que interessa é o movimento”. A equipe de Gleisi trabalha para incluir no diálogo religiosos sem simpatia pelo governo, desde que não sejam aliados de Bolsonaro, que mantém 25% de rejeição entre evangélicos.

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Last Update: 21/06/2025