Entre os dias 19 e 22 de junho, está sendo realizada em Vitória, capital do Espírito Santo, a XXVII Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba — um espaço de resistência, reflexão e ação coletiva. Com o tema “Defender Cuba é defender a liberdade e a autodeterminação dos povos”, o evento reúne movimentos sociais, partidos, estudiosos, artistas e ativistas com o objetivo de fortalecer os laços da solidariedade internacional.
A convenção tem sido uma oportunidade para estreitar relações, conhecer mais de perto a realidade da ilha caribenha — que, desde a revolução de 1959, libertou-se do regime de controle norte-americano — e discutir formas de enfrentar os embargos criminosos impostos pelos Estados Unidos, que buscam estrangular o país e derrotar a revolução socialista.
Estão sendo debatidos temas como educação, saúde, sindicalismo e direitos dos trabalhadores, mulheres e juventude, comunicação e autodeterminação. O foco central é o fortalecimento da luta anti-imperialista na região, a solidariedade internacional, os meios de combater o bloqueio e de apoiar a unidade da América Latina — inclusive com a promoção do turismo e da cultura cubana.
Um dos pontos importantes em discussão no encontro é o papel dos BRICS como um polo aglutinador de países que se opõem à dominação imperialista no mundo. Nesse sentido, a defesa de Cuba e da Venezuela, inclusive com a proposta de ingresso desses países no bloco, é vista como um caminho de cooperação internacional para o desenvolvimento e para a superação dos entraves impostos principalmente pelo imperialismo norte-americano. A entrada dessas nações no BRICS representaria o fortalecimento da unidade dos povos do continente latino-americano.
Surge, assim, a necessidade de uma ampla campanha contra o veto do Brasil à entrada da Venezuela no bloco, ao lado da agitação contra os embargos criminosos impostos a Cuba e à Venezuela. Em meio à intensificação da luta no Oriente Médio — especialmente na Palestina e agora no Irã —, tais iniciativas se tornam ainda mais fundamentais para a construção de uma frente internacional de resistência contra o imperialismo.