Frio de 8° na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: reprodução

O inverno no Brasil começa oficialmente nesta sexta-feira (20) com previsão de temperaturas mais baixas que nos últimos anos e eventos climáticos extremos em várias regiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação será marcada pela neutralidade climática, sem a influência dos fenômenos El Niño ou La Niña, o que aumenta a imprevisibilidade do tempo.

O meteorologista Olívio Bahia, em entrevista à CBN, explicou que “na verdade, isso indica a normalidade em termos de clima sobre o território brasileiro. Teremos pouca chuva e temperaturas baixas, o que é típico do inverno. Mas, após dois anos extremamente quentes, a sensação de frio deve ser ainda mais evidente”.

Os primeiros dias da estação já trazem alertas importantes:
– Possibilidade de geadas amplas no Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás
– Chance de neve no Rio Grande do Sul na próxima semana
– Persistência de chuvas no Rio Grande do Sul, que só devem diminuir no sábado (21)
– Retorno das precipitações no estado gaúcho a partir de segunda-feira (23)

Enchentes voltaram a atingir o Rio Grande do Sul nos últimos dias. Foto: reprodução

“Temos uma frente fria bastante intensa que pode provocar geada ampla no Sul e até alcançar áreas do Mato Grosso do Sul e Goiás. Também há uma pequena chance de neve no Rio Grande do Sul”, detalhou Olívio.

Apesar do frio mais intenso, o meteorologista ressalta que o risco de ondas de calor é baixo neste início de estação, marcando uma transição para padrões mais próximos da média histórica após dois anos excepcionalmente quentes (2023 e 2024).

No entanto, os efeitos do inverno serão distintos em cada região:
– Sul: Chuvas persistentes e risco de eventos extremos como geadas e neve
– Centro-Oeste, Sudeste e interior do Nordeste: Secura intensa com baixa umidade
– Amazônia Meridional: Aumento do período seco

“Infelizmente, as chuvas ainda continuam hoje e só devem diminuir a partir de sábado. Mas, com a chegada da frente fria, volta a chover na segunda-feira. É uma situação que exige vigilância constante, especialmente com as populações mais vulneráveis ao frio”, alertou o especialista.

O tempo seco deve ser a principal característica em grande parte do país, com impactos significativos:
– Aumento de queimadas
– Piora na qualidade do ar
– Crescimento de problemas respiratórios e alérgicos
– Vegetação mais suscetível a incêndios

“A tônica daqui para frente é o ar seco, com baixa umidade e aumento do número de queimadas. A qualidade do ar piora, há mais problemas respiratórios e alérgicos, e a vegetação fica extremamente suscetível ao fogo. É um período crítico”, destacou Olívio.

O inverno de 2025 se estenderá até 22 de setembro, com expectativa de um padrão climático mais tradicional após os extremos registrados nos últimos anos.

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Last Update: 20/06/2025