Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) criticou as declarações do empresário Ricardo Faria, conhecido como “Rei do Ovo”, à Folha de S. Paulo. Na entrevista, o empresário, que possui um patrimônio estimado em R$ 17 bilhões, afirmou que os mais pobres no Brasil “estão viciados no Bolsa Família” e não querem trabalhar.
Zarattini classificou a fala como um exemplo clássico da “elite do atraso”, sempre contrária às políticas públicas que favorecem os mais pobres. Ele também destacou que, ao contrário do que o Rei do Ovo disse, os beneficiários do Bolsa Família estão, sim, entrando no mercado formal de trabalho. “O Bolsa Família não vicia ninguém. Esse é um programa essencial para que milhões de brasileiros possam se manter de pé, buscar emprego e ter a garantia de comida na mesa. Quem diz o contrário revela preconceito e total desconhecimento da realidade do povo brasileiro”, afirmou o parlamentar.
De modo geral, a taxa de desocupação no país hoje é menor do que há dez anos. Mesmo com o aumento do valor do Bolsa Família, atualmente em torno de R$ 600, a taxa de desocupação no Brasil é inferior à de uma década atrás, quando o benefício era de R$ 100 por pessoa. Entre 2019 e 2023, o desemprego caiu em todas as faixas de renda, com destaque para os mais pobres, entre os quais o trabalho com carteira assinada avançou e a renda do trabalho cresceu 9,5% ao ano.
Em 2023, a taxa de desocupação foi de 4,2%, com 62,8% dos brasileiros no mercado de trabalho, números melhores do que os de 2014, quando o desemprego estava em 4,4% e 62,5% da população participava do mercado.
Segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), 75% das vagas de empregos formais, em 2024, foram ocupadas por pessoas que recebem o Bolsa Família. O programa conta hoje com a chamada Regra de Proteção, criada em 2023 pelo presidente Lula, que permite a permanência temporária no benefício mesmo após a conquista de um emprego. Isso garante uma transição segura e incentiva a formalização, sem prejudicar a renda das famílias mais vulneráveis.
Da assessoria de Comunicação do deputado Carlos Zaratttini