O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. Foto: Reprodução

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou nesta sexta-feira (20) que apenas uma condição pode pôr fim à guerra com Israel. A declaração foi feita nas redes sociais.

“Sempre lutamos pela paz e tranquilidade, mas, nas circunstâncias atuais, a única maneira de acabar com a guerra imposta é ‘parar incondicionalmente’ a agressão inimiga e dar uma garantia final para acabar com as aventuras dos terroristas sionistas para sempre”, escreveu Pezeshkian no X.

Segundo ele, caso isso não ocorra, “nossa resposta ao inimigo será mais severa e lamentável”. O presidente ainda reforçou que o Irã “sempre buscou a paz e a tranquilidade”, mas que a escalada do confronto exige uma resposta firme.

Sem sinais de trégua, o número de mortos nos ataques entre Irã e Israel ultrapassou 600, segundo balanço da ONG Human Rights Activists, com sede em Washington. A organização afirma que ao menos 639 pessoas morreram em bombardeios israelenses em diferentes regiões do Irã.

Israel, por sua vez, confirmou a morte de 24 pessoas após os ataques lançados pelo Irã. O governo iraniano não divulga atualizações frequentes, mas a última estimativa oficial apontava mais de 240 mortos e 1.277 feridos.

Reação internacional

Desde 13 de junho, Israel e Irã trocam ataques militares, o que gerou forte reação internacional. Rússia, China e outros países condenaram o bombardeio israelense, considerando-o uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também criticou a postura de Israel em conversa com Donald Trump. Ele demonstrou preocupação com uma possível escalada do conflito, alertando para “consequências imprevisíveis para toda a situação no Oriente Médio”.

Na ONU, o embaixador russo Vasili Nebenzia alertou que as ações israelenses colocam a região em risco de uma “catástrofe nuclear em grande escala”. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também condenou os ataques a instalações nucleares iranianas, classificando-os como ilegais e perigosos para a segurança global.

Diversos países da América Latina, como Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua, também repudiaram as ações de Tel Aviv. Nações islâmicas, como Turquia, Egito, Arábia Saudita e Paquistão, manifestaram-se de forma semelhante, pedindo o fim imediato das agressões.

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Last Update: 20/06/2025