O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou a abertura de consulta pública para a concessão de seis parques em São Paulo, uma medida absurda que reflete a exaustão das opções de privatização e a decisão de entregar os últimos bens comuns da capital à iniciativa privada, beneficiando apenas os bancos e os grandes monopólios. Os parques incluídos no projeto são o da Juventude Dom Paulo Evaristo Arns, o Estadual do Belém Manoel Pitta, o Ecológico do Tietê, o Vila Jacuí, o Maria Cristina Hellmeister de Abreu e o Itaim Biacica.
Prevista para 30 anos, a concessão usa o pretexto de modernizar a operação, manutenção e a infraestrutura dos parques, porém, na prática transformará esses espaços em fontes de lucro para a burguesia, enquanto o povo de São Paulo perderá o controle sobre eles. O governo estima R$144,7 milhões em investimentos, sendo R$60,4 milhões nos primeiros quatro anos, mas esses recursos não beneficiarão a população, e sim os interesses privados.
A secretária do Meio Ambiente, Natália Resende, afirmou em maio que o governo está empenhado em rever os contratos e apertar a fiscalização nos parques concedidos à iniciativa privada. “São contratos que vieram de outra administração, mas a gente está apertando a fiscalização e a regulação. A gente fortaleceu a Arsesp para ela entrar com uma regulação mais forte e agora a gente está melhorando a governança pra olhar o contrato e cobrar, exigir o cumprimento. A gente herdou um contrato que a gente quer sempre melhorar”, disse a secretária.
