Uma multidão de fãs, ativistas e o músico Paul Weller reuniu-se em frente ao Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, na última quarta-feira (18), para apoiar Mo Chara, rapper do trio irlandês Kneecap, acusado de incitação ao terrorismo por demonstrar apoio ao partido revolucionário libanês Hesbolá, em um claro exemplo de como o regime britânico patrocinador do sionismo, ataca a liberdade de expressão. A acusação surgiu após uma apresentação em novembro de 2024, quando Mo Chara exibiu uma bandeira do partido libanês e outro integrante gritou “Viva o Hamas, viva o Hesbolá”, levando a uma investigação policial.
No festival Coachella 2025, o grupo reforçou sua posição ao exibir “Fuck ‘Israel’”(“foda-se ‘Israel’”, em português) nos telões e o genocídio cometido pela ditadura sionista com apoio dos EUA. No tribunal, Mo Chara confirmou sua identidade e foi liberado sob fiança, com audiência marcada para 20 de agosto. Do lado de fora, os protestos continuaram, com Moglai Bap, também integrante do grupo, discursando:
“Estaremos no Glastonbury. Se não puderem ir, estaremos na BBC, para quem ainda assiste à BBC. Mas, acima de tudo: Palestina livre.”
A defesa do artista conta com nomes como Gareth Peirce, que representou Julian Assange, e Brenda Campbell KC, conhecida por casos envolvendo a Irlanda do Norte. Paul Weller, que já havia assinado uma carta aberta em defesa do Kneecap, fez questão de comparecer.
“Ao redor do mundo, o Kneecap é visto como herói”, disse um porta-voz do grupo. “O que está acontecendo aqui é uma tentativa apressada de silenciá-los depois que eles falaram a verdade no Coachella”. O regime britânico, ao criminalizar a liberdade de expressão, revela-se uma ditadura onde o sionismo mundial sepulta qualquer dissidência, especialmente contra a opressão imperialista, mostrando mais uma vez que a burguesia não tolera a voz do povo.
