O relatório da Polícia Federal sobre a chamada “Abin paralela” atribui a Carlos Bolsonaro (foto/reprodução internet) papel central na articulação de uma engrenagem clandestina de poder, destinada a operar à margem das instituições formais. Segundo a PF, o vereador do Rio de Janeiro não apenas idealizou o esquema de espionagem e desinformação que funcionava fora das estruturas oficiais do Estado, mas o coordenou com objetivos políticos claros: proteger o entorno familiar, monitorar investigações e minar a confiança pública no sistema eleitoral e no Judiciário. O caso reforça a hipótese de que, no governo Bolsonaro, redes digitais e estruturas informais de inteligência se confundiram com estratégia de poder. Ao transformar a máquina pública em instrumento de guerra ideológica, o Zero Dois operava não como simples assessor digital, mas como um dos principais quadros de um projeto político baseado na deslegitimação dos adversários e na corrosão da institucionalidade. 

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Last Update: 19/06/2025