Neste domingo (15), Alfredo Jalife-Rahme publicou em seu sítio um artigo de análise sobre as consequências na base da “Make America Great Again” (MAGA) do apoio do presidente Donald Trump ao ataque do Estado sionista de “Israel” ao Irã. O texto foi publicado com o seguinte título: La base de MAGA (seguidores de Trump) vs apoyo a Israel, según Times of Israel // Al Jazeera // Financial Times

Jalife é um médico, professor universitário, conferencista, escritor, colunista e analista político mexicano. Sendo membro fundador da organização “Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear (IPPNW)”, agraciada com o Prêmio Nobel da Paz de 1985.

Com ascendência libanesa, seu trabalho jornalístico se especializou em relações internacionais, economia, geopolítica e globalização. Por suas críticas chegou a receber a alcunha “o representante extremo do discurso de ódio nas redes sociais mexicanas”, sendo detido em 6 de dezembro de 2023, por suposta difamação, foi liberado no dia seguinte pelo presidente López Obrador, que chegou a externar: “a liberdade não deve ser limitada”.

O artigo

O texto inicia a análise do ataque de ‘Israel’ ao Irã, realizando uma comparação com à ofensiva da Ucrânia contra a Rússia. Ressaltando a longa espera de 30 anos de Netaniahu para atacar o Irã.

O autor usa o termo “jázaro”, nome em espanhol para um possível povo que originaria os ashkenazi, para denominar Zelensky, que classifica como correligionário e aliado de Netaniahu. Colaborando com a hipótese do ex-diplomata britânico, Alastair Crooke, sobre a Operação Spider Web contra a Rússia, ele chegou a fazer um paralelo do ataque do dia 13 de junho, quando “Israel” bombardeou Teerã.

Com a benção da Otan

Jalife aponta que os ataques ocorreram enquanto Trump negociava com Ali Khamenei, recebendo severas condenações da Rússia e China. O que contratou com o apoio incondicional da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a exceção somente de um de seus membros, a Turquia.

Para o autor, essa ação criminosa, é similar à “decapitação do Hesbolá”, onde membros do alto comando e físicos nucleares foram assassinados. Este ainda afirma que o ataque forçou o Irã a hastear a bandeira vermelha de “legítima defesa” na mesquita de Jamkaran, na cidade sagrada de Qom.

O ataque covarde foi celebrado pela Otan como um “sucesso” que teria demonstrado a superioridade dos sistemas de defesa antimísseis “ocidentais/israelenses”. A Otan e seus correligionários exaltaram seus “inexpugnáveis” Iron Dome, Arrows 1 e 2 e David’s Sling, posição da qual consultor militar russo Andrei Martyanov, discorda ao considerar o poder de penetração dos mísseis hipersônicos do Irã.

Temos como certo que a nação islâmica do Irã, que não praticou nenhuma provocação, está sendo forçada pelo enclave imperialista ao aprofundamento do conflito.

Celebrado pela imprensa imperialista 

A celebração do ataque sionista não se limitou a seus fantoches na Otan, sendo refletida em toda a imprensa imperialista. Essa imprensa “ocidental” repercutiu inicialmente o “vitorioso” ataque sionista, entretanto o mesmo não ocorreu com a retaliação iraniana.

Os danos causados pelos mísseis hipersônicos iranianos, foram na medida do possível censurados por ‘Israel’. Esse foi o caso da destruição em Telavive, Jerusalém, Haifa, na base aérea de Nevatim e no reator nuclear de Dimona, omitidos pelo governo de Netaniahu.

Divisões na MAGA

Jalife assinala que a base do movimento MAGA, nos EUA, responsável por conduzi o atual governo ao poder, se opôs à possibilidade de ajuda a ‘Israel’. O apoio militar ao sionismo teria sido rejeitado por 90% da base do MAGA, provocando divisões internas no governo, que tem muitos de seus representantes políticos, republicanos e democratas, fartamente financiados pelo lobby israelense American Israel Public Affairs Committee (AIPAC).

Observando que o Secretário de Estado Marco Rubio, “normalmente um falcão em política externa, foi rápido em distanciar os Estados Unidos dos ataques unilaterais de Israel”

Além da rede Al Jazeera do Catar “questionando o ataque israelense e alertando sobre uma guerra dos EUA contra o Irã”, comentadores como Bannon “sejam arrastados para uma guerra com o Irã” e Tucker Carlson “o governo de Netaniahu, sedento por guerra”, alertam para o risco de uma guerra ampla.

Escalada Nuclear

Jalife expôs como uma nota amigável, o telefonema de uma hora de Putin para o 79º aniversário de Trump. Informado pelo conselheiro do presidente, Yuri Ushakov, que foi proposto a distinção entre Israel e Irã.

Com dois destaque “ameaçadores”:

1) A pergunta de Kirill Dmitriev, próximo de Putin, que perguntou o que aconteceria se o Irã tivesse bombas nucleares

2) A ameaça de que o Paquistão, uma potência nuclear de médio porte, apoiaria o Irã se Netaniahu ousasse usar a “Opção Sansão”.

Temos como certo, na análise em tela, a possibilidade de escalada para um conflito nuclear, com generalização das nações envolvidas. Todavia, tenha sido o Estado sionista de “Israel” que inicio o confronto, será a república islâmica do Irã que determinara como se dará o seu fim. 

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Last Update: 19/06/2025