O estado nazista de “Israel” promoveu, nesta quarta-feira (18), uma nova e grave escalada em sua ofensiva contra o Irã, ao bombardear diretamente instalações civis na capital iraniana, Teerã. Entre os alvos atingidos estão a sede nacional do Crescente Vermelho — equivalente à Cruz Vermelha nos países muçulmanos — e o quartel-general da polícia iraniana. Os ataques foram amplamente condenados pela imprensa local e por observadores internacionais, que qualificam a ação como um flagrante crime de guerra.

Segundo informações da emissora libanesa Al Mayadeen, com base em relatos de seu correspondente em Teerã, os bombardeios israelenses atingiram o comando central da polícia nacional iraniana, além de outras instalações de segurança. Em paralelo, a sede da organização humanitária Crescente Vermelho também foi alvo de mísseis. O local é reconhecido internacionalmente por sua função estritamente civil e humanitária, o que torna o ataque uma violação direta das convenções de Genebra, que proíbem agressões a hospitais, ambulâncias e organizações de socorro.

A imprensa estatal iraniana, incluindo a agência Fars, confirmou que as explosões ocorreram em diversos pontos da capital e regiões adjacentes. Em Karaj, cidade situada a oeste de Teerã, foi atingido o aeroporto de Payam, uma instalação com uso exclusivamente civil, sem qualquer atividade militar conhecida. A destruição desse terminal reforça a denúncia de que a campanha de bombardeios não tem por objetivo enfrentar alvos militares, mas sim provocar o terror entre a população civil.

Outros locais atingidos incluem bairros do norte de Teerã, como Nobonyad e a região da Universidade Imam Hussein, além da conhecida Seoul Street. Também houve relatos de explosões na província de Zanjan, no noroeste do país. As forças de defesa antiaérea do Irã foram ativadas em diversos pontos da capital, e residentes relataram sirenes de ataque aéreo e tiros antiaéreos durante a madrugada.

A destruição da sede do Crescente Vermelho é, até agora, o episódio mais grave dessa série de bombardeios. O símbolo da entidade, reconhecido globalmente como proteção humanitária, estava claramente visível no prédio, o que indica que o ataque foi proposital. A Convenção de Genebra e o Direito Internacional Humanitário qualificam esse tipo de ação como crime de guerra, ao considerar que se trata de uma violação das regras mínimas de conduta durante conflitos armados.

Esse novo episódio de agressão ocorre em um contexto de crescente radicalização por parte do governo de “Israel”. Na segunda-feira (16), o ministro das Relações Exteriores sionista, Israel Katz, fez uma ameaça pública contra a população de Teerã, afirmando: “os moradores de Teerã vão pagar o preço, e logo”. A ameaça foi concretizada apenas dois dias depois, reforçando que se trata de uma política de Estado deliberada de ataque a civis.

A ofensiva sionista contra o Irã vem se ampliando desde a resposta iraniana aos bombardeios de seu consulado em Damasco, quando diversos militares iranianos foram assassinados. Desde então, Teerã tem estado sob alerta máximo e os dirigentes do regime sionista passaram a ameaçar diretamente o território iraniano, inclusive com ataques a instalações nucleares — como o complexo de Fordow — e com declarações sobre o assassinato de Sayyed Ali Khamenei e planos de mudança de regime em Teerã.

Além disso, cresce a preocupação com o envolvimento direto do imperialismo norte-americano na ofensiva. Autoridades iranianas alertam que os ataques estão sendo coordenados com apoio logístico e de inteligência fornecido pelos EUA, o que transforma a agressão em uma guerra por procuração contra um dos principais países que se opõem ao domínio imperialista na região.

A destruição de instalações civis como o Crescente Vermelho e um aeroporto sem função militar mostra que a campanha de ataques não tem relação com defesa ou retaliação, mas visa enfraquecer a infraestrutura civil iraniana e espalhar o terror entre a população. A resposta do Irã e dos aliados da resistência deve considerar o novo patamar de agressão atingido pela entidade sionista, que não respeita nenhum limite nem norma internacional.

Organizações populares e movimentos contrários ao imperialismo têm exigido uma posição firme dos governos do mundo contra os crimes sionistas. No entanto, o apoio criminoso das potências imperialistas, como os EUA, Reino Unido e França, e a paralisia cúmplice da ONU, mostram que nenhuma dessas instituições representa um obstáculo à guerra. A única força capaz de barrar os crimes da entidade sionista é a mobilização dos povos oprimidos e a resistência armada dos países e movimentos que se colocam contra o imperialismo no Oriente Médio.

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Last Update: 19/06/2025