O artigo Com Lula ao lado do agro, Amazônia tem 2º maior desmatamento da história em maio, publicado no sítio Esquerda Diário (órgão de imprensa do MRT) na última sexta-feira (13), é mais uma daquelas lenga-lengas pseudo ambientalistas que pregam o fim do mundo.

Ninguém que seja de esquerda deve acreditar que a região Amazônica, quase 60% do território brasileiro, deve permanecer sem se desenvolver. As pessoas que ali vivem, têm direito à eletricidade, internet, empregos de qualidade, e todo tipo de desenvolvimento social. Apenas a esquerda pequeno-burguesa quer privar essa parte significativa da população de ter uma vida melhor. Porque, no fundo, desprezam a população majoritariamente camponesa que vive no Norte do País, incluindo aquilo que chamam de “povos originários”.

Fazendo um grande alarde, o texto informa que o PL 2159/2021 visa apenas “a destruição de solo, água, ar e vegetação em nome do lucro dos capitalistas — com aval do Congresso e omissão cúmplice do Executivo”.

O problema desses “ecologistas” de plantão é o petróleo. Após esse setor econômico, partem para o ataque contra a agricultura, caracterizada como “setor mais responsável pela devastação, emissões de gases estufa e ataques aos povos originários”. Por fim, o MRT diz que o governo Lula “agora, vai além: defende a exploração de petróleo na Margem Equatorial, mostrando seu compromisso com o consenso extrativista latino-americano e sua total indiferença à catástrofe climática que vivemos”.

Quem mais se opõe à exploração de petróleo no Brasil é o imperialismo. Sempre foi assim, desde o Estado Novo. O escritor Monteiro Lobato chegou a fazer uma campanha pelo petróleo e a ser preso por isso. Lobato passou o resto de sua vida sendo perseguido pela grande imprensa a mando do grande capital.

A Rede Globo, empresa inimiga do Brasil, sempre atacou a exploração de petróleo, criticou o Pré-sal e milita pela privatização da Petrobrás. Agora, não é só a direita que defende os interesses do imperialismo, setores da esquerda, especialmente os financiados por ONGs, fazem uma campanha ferrenha contra a exploração dessa riqueza importantíssima. Indiferente ao problema do desenvolvimento nacional, o MRT apela para o moralismo cristão barato:

“Mesmo quando anuncia medidas contra incêndios e desmatamento, essas ações são insuficientes, pois não atacam o problema central: o lucro acima da vida. A fiscalização segue frágil, as leis ambientais cada vez mais diluídas e os órgãos como Ibama, ICMBio e SFB em condições precárias.”

Apelar para frases como “lucro acima da vida” revela o quão primária andam setores da esquerda brasileira. Quanto ao Ibama, esse órgão está visivelmente jogando contra os interesses nacionais. Tem-se a impressão de que órgão esteja controlado diretamente pelo imperialismo.

Apesar de não ter dados concretos para apresentar, o texto continua seu moralismo exacerbado, agora, já com toques apocalípticos:

“Tudo isso nos empurra cada vez mais fundo na crise climática. As chuvas catastróficas no RS, as enchentes no Recife, as ondas de calor no início do ano — são expressões de uma tragédia anunciada. O aumento do desmatamento está diretamente ligado às mudanças climáticas, intensificação das queimadas (que respondem por 51% dos casos), ao corte raso (48%) e à mineração (1%).”

Em primeiro lugar, esses números não são confiáveis. A atividade humana influi no clima, mas não se sabe o quanto. A Terra, e isso a geologia comprova, já passou por inúmeras transformações radicais climáticas antes mesmo de produção industrial.

Como esses “defensores da natureza” explicam as baixas nas águas do Amazonas séculos atrás? O derretimento da neve na Cordilheira dos Andes em 500 d.C.?

Existem outras teorias que explicam mudanças no clima, muitas delas cíclicas, que são fruto da interação da Terra com o Sol. Essas teorias não são discutidas, pois os identitários do clima não conseguem discutir, sabem apenas “lacrar” e acusar quem se opõe às suas teorias furadas de “negacionista”.

Após ameaçar a humanidade com o fim dos tempos, o texto diz que “defender a Amazônia é uma tarefa vital da classe trabalhadora, em aliança com os povos originários”. O que mostra que a esquerda pequeno-burguesa se distanciou em tudo do povo.

Para começar, a classe trabalhadora quer empregos, e a exploração de petróleo vai produzir milhares, diretos e indiretos. Os “povos originários” anseiam por celulares, computadores, eletrodomésticos, tudo o que lhes faltam por não terem acesso à energia. Pois os identitários também não querem hidrelétricas.

Na verdade, a “proteção” da Amazônia é apenas um meio de se impedir que o Brasil explore suas riquezas. O imperialismo pressiona com a conversa fiada de “mudanças climáticas” e utiliza setores da esquerda para defenderem essa política.

O próprio imperialismo não liga para a Amazônia, quer que a região fique intacta até que ele mesmo possa explorar a região sob condições mais favoráveis.

A esquerda verdadeira, ligada aos interesses populares, tem que defender a modernização da Região Amazônica, lutar para que a população possa trabalhar, ter acesso ao conforto. O trabalhador, ao contrário dessa esquerda aloprada, não quer viver o resto da vida de tanga e comendo caça.

É preciso denunciar essa esquerda que, conscientemente ou não, acaba agindo como agente do imperialismo, e lutando contra os interesses da classe trabalhadora.

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Last Update: 19/06/2025