“O colonialismo não é uma máquina de pensar, não é um corpo dotado de razão, é a violência em sua forma pura” Franz Fanon
Em Janeiro de 2023, a convite do então presidente Saddam Hussein, inspetores de armas da ONU foram ao Iraque e em seu relatório final indicaram que o país não possuía armas químicas, nucleares ou programa ativo. Algo já declarado pelo presidente iraquiano em diversas ocasiões.
Alguns dias depois, o então presidente estadunidense George Bush, declarou sobre o Iraque e o Irã “Estados como esses, e seus aliados terroristas, constituem um eixo do mal, armando-se para ameaçar a paz do mundo.” Na semana seguinte, o então Secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, afirmou e descreveu que o Iraque possuía armas de destruição em massa: “Meus colegas, todas as declarações que faço hoje são apoiadas por fontes, fontes sólidas. Não são afirmações. O que estamos apresentando são fatos e conclusões baseados em informações sólidas.”
Essas afirmações foram repetidas de diversas formas, por diversas vezes, a mídia estadunidense as reafirmava e a do resto do mundo reproduzia. Se criou uma consenso mundial: iraquianos são um povo atrasado, Saddam Hussein é um ditador opressor, e o país possui armas que são ameaça à paz mundial.
O fim disso sabemos e vemos diante de nossos olhos. As alegações dos políticos americanos eram falsas. Não existiam armas. O Iraque foi invadido de forma unilateral sem aprovação da ONU. Os Estados Unidos ocuparam militarmente o país, o destruindo por completo, uma guerra civil foi gerada, grupos fundamentalistas religiosos islâmicos se fortaleceram, milhares de civis foram mortos na ocupação e crimes de guerra foram cometidos impunemente.
Dia 12, quinta feira passada, o Estado sionista de Israel atacou o Irã. A alegação é que o país persa possuía a intenção de criar armas nucleares e isso seria uma ameaça para o mundo.
A história se repete, mas não como farsa, e sim como uma tragédia ainda maior. O Estado terrorista de Israel no último ano, bombardeou o Iêmen, o Líbano, o próprio Irã e a Síria. Quatro países de forma unilateral. Sem respeito nenhum aos meios internacionais. O pior, “Israel” comete um genocídio contra a população Palestina na faixa de Gaza. Uma limpeza étnica em tempo real, transmitida para todo o planeta. Por ironia e hipocrisia é esse “Israel” que fala e tem voz para dizer aqueles que são ameaça ao mundo e a paz.
Qual o motivo da guerra?
Também é o Estado sionista o único país de todo Oriente Médio que possui armas nucleares. Com qual direito um país que possui esse tipo de armas, além de não ser signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), bombardeia um outro Estado com esse argumento? Se “Israel” alega que possui essas armas para sua defesa, por qual motivo um outro país não poderia possuí-las com o mesmo direito?
O Estado sionista atacou a infraestrutura de cidades iranianas, destruiu prédios, assassinou civis, bombardeou instalações militares e científicas, assassinou também pesquisadores, cientistas, dirigentes do exercito e da politica do país.
Na tarde de segunda, em mais um crime de guerra, foi bombardeado o prédio da TV Estatal iraniana. Algo proibido pela convenção de Genebra.
O Estado sionista não se preocupa com as convenções e leis do Direito internacional. Acredita que tudo pode, e assim age. Ataca embaixadas, dirigentes estatais, e comete uma limpeza étnica em Gaza. A ONU se mostrou inerte e o direito internacional está morto e é incapaz de pôr freio a crimes quando são cometidos por aliados e potências imperialistas.
O argumento utilizado pelo sionismo de que o ataque foi feito para impedir o Irã de construir sua arma nuclear. Ele é verdadeiro é falso ao mesmo tempo. Ele é verdadeiro já que por fim ao programa nuclear iraniano é um objetivo tanto dos sionistas, quanto dos Estados Unidos. Mas ele também é falso por dois motivos. Primeiro, porque leva a crer que o Irã estivesse construindo uma arma nuclear. Algo que não se tem provas. Pelo contrário. O Irã, diferente do Estado de Israel, é signatário do TNP, e afirma que usa tecnologia atômica apenas para fins pacíficos, como a produção de energia.
O tema nuclear é um dos assuntos mais polêmicos da política iraniana. Tendo aqueles políticos que abertamente defendem que o país produza tecnologia nuclear para fins militares, existem aqueles que afirmam que isso é uma necessidade para a soberania e defesa nacional. Por outro lado, existem os que são contrários e afirmam que o uso militar apenas faria que o país fosse atacado mais rapidamente. O parlamento iraniano se encontra dividido no tema e não existe um consenso nacional. Existe também uma fatwa, um decreto religioso do mais alto nível, feito por Ali Khamenei ainda nos anos 90, proibindo o uso de tecnologia nuclear para criação de armas.
É o Irã que também defendeu a criação de uma Zona Livre de Armas Nucleares no Oriente Médio, o que foi descartado pelo Estado Sionista. “Israel” pressionou ainda para a quebra do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), um acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano firmado em 2015, onde se colocou um limite de 3,75% para o enriquecimento de urânio, algo que de acordo com a própria Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), estava sendo feito, até que os Eua abandonassem o acordo de forma unilateral em 2018.
O mundo Ocidental acredita, apesar de tudo parecer demonstrar e da prova contrárias, de que o Irã está construindo armas nucleares e precisa ser parado antes que consiga tal feito.
Caso a disputa interna no país persa levasse à vitória da opinião que defende o uso militar de tecnologia nuclear, o que aconteceria não se tem como prever. Não acredito que esse fator seja o suficiente para o Irã ser considerado uma ameaça mundial.
O fato é que caso o Irã tivesse uma arma nuclear, ele nesse momento não estaria sendo atacado, teria sua soberania nacional respeitada, e o genocídio em Gaza não estaria ocorrendo.
O plano Leão em ascensão
O outro motivo do argumento sionista sobre o ataque ao Irã ser uma mentira, é que ele esconde seu objetivo estratégico, a derrubada dos regimes dos aiatolás e o fim de República Islâmica.
O sionismo não busca isso por ser contra países árabes, teocracias (visto que em certos aspectos é uma), ou em defesa de regimes democráticos. O Estado de Israel tem ótimas relações com o Egito, com a Jordânia, uma das monarquias mais cruéis da região, e com Arábia Saudita, uma outra monarquia religiosa. Também não é para combater o terrorismo, visto que é de conhecimento público e documentado que foram potências ocidentais que criaram e financiaram grupos fundamentalistas religiosos como o Taliban, a Al Qaeda, e o ISIS. O Estado Sionista inclusive foi um dos financiadores do Hamas e da Irmandade Muçulmana, além de hoje ter ótimas relacoes políticas, financeiras e militares com HTS, o braço local da Al Qaeda que hoje governa a Síria.
O problema do sionismo com o Irã, é que nem o Estado de Israel, nem os países imperialistas, aceitam um país soberano na região. Qualquer Estado que busque construir sua política de forma independente das grades do imperialismo se tornará automaticamente um alvo. Caso o regime iraniano se comprometesse a abandonar a causar Palestina, fechar os olhos para o genocídio em Gaza, deixasse de se opor aos domínios dos Estados Unidos na região, então aí sim, “Israel” deixaria de o Irã como uma “ameaça à paz mundial”
A derrubada do regime iraniano é o foco da covarde agressão sionista. Ela pode se intensificar nos próximos dias para isto, inclusive com participação estadunidense, que já deslocou aviões de guerra e frotas para regiões próximas ao conflito.
A décadas, o Irã é o principal adversário dos Estados Unidos no Oriente Médio, e é o principal obstáculo do plano do ultranacionalista sionista de expansão colonial para domínio de terras e criação do que chamam de Grande Israel.
O imperialismo e o sionismo encontraram uma oportunidade para seus objetivos e iniciaram diversos movimentos para enfraquecer o Irã. Primeiro atacaram bases iranianas na Síria e no Iraque. Depois levou a guerra para o Líbano, assassinando dirigentes, estrategistas e membros do primeiro escalão do Hezbollah. Em seguida, apoiaram os grupos fundamentalistas religiosos na Síria, reanimando a guerra civil, e bombardeando as tropas do exército daquele país, levando à queda do governo de al-Assad e o braço armado da Al-Qaeda ao poder. Os aliados iranianos no Iêmen também foram atacados e tiveram perdas significativas.
A isso se soma os incidentes políticos dentro do próprio país persa. A crise financeira, crescimento da inflação, falta de energia e aumento dos combustíveis e custo de vida, gerados pelas sanções econômicas impostas pelo imperialismo. A morte no minima estranha do então presidente iraniano Ebrahim Raisi em um acidente aéreo em 2024. Nesse cenário, se tinha a janela aberta para os ataques do Estado Sionista.
Nas palavras do próprio alto comando do exército israelense: “Estamos em uma janela de oportunidade estratégica. Chegamos a um ponto sem volta, e não há outra escolha a não ser agir agora”.
O Estado sionista se prepara, e com o apoio estadunidense querem por fim aquele que é o seu principal adversário na região. Grupos opositores ao regime iraniano, aliados dos EUA e do país agressor, já chamaram mobilizações para desestabilizar o país. O Mossad e esses grupos opositores, utilizam inclusive táticas de carros bombas, chamada por anos como uma tática terrorista. Grupos políticos que reivindicam o retorno da ditadura da antiga monarquia derrubada com a revolução também aparecem neste momento com críticas ao regime e chamado a mobilização.
O cenário é incerto. Apesar do Irã tem mostrado que o sistema de defesa sionista não é impenetrável, e ainda não ter usado força máxima e seu arsenal militar mais desenvolvido tecnologicamente. O colonialismo israelense leva vantagem e superioridade militar. O Estado sionista atingiu de forma frontal o arsenal bélico e o programa nuclear iraniano, controla o espaço aéreo do país persa, e assassinou a cúpula militar e as mentes responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia nuclear. A vida do próprio Khamenei está em risco.
A certeza é que nos próximos dias pode haver cenas que farão parte da história contemporânea e marcam nossa geração. É possível a entrada dos Estados Unidos na guerra, bombardeios com armas mais potentes e de maior intensidade de ambos os lados.
Na guerra o imprevisto é um ator fundamental. Os conflitos militares têm em sua natureza o fato de ser crescente. Onde de retaliação em retaliação, de ação em ação, os atores envolvidos criam novos cenários e acontecimentos que não seriam previsíveis e não estavam postos. Assim os próximos passos são inesperados. Dependem de uma série de fatores. Não se tem como saber ou prever como nas análises políticas de conjuntura. Porém, ao se falar sobre imperialismo e colonialismo, o que sabemos é que sua fome por sangue e terra são insaciáveis e sempre irão buscar mais e mais. De tal forma que a barbárie em escalada e o irracional são sempre uma possibilidade alta a ser feita.
Guerra de civilizações, o discurso da extrema direita
A extrema direita brasileira levanta o discurso de Guerra de Civilizações. Em uma versão atualizada das cruzadas para a era digital. Afirma que vemos um confronto entre o mundo Ocidental e livre, contra os bárbaros e defensores da ditadura. Seria o mundo judaico-cristão, essa civilização escolhida e abençoada por Deus, contra ditadores e povos inferiores, esses apoiados pelos comunistas, e obviamente pelo Presidente Lula.
É uma guerra de bem contra o mal, onde todos aqueles que se colocam minimamente na defesa dos direitos humanos contra o genocídio em Gaza, ou ao lado do direito internacional, no caso da agressão covarde ao Irã, é visto como defensor da barbárie. Não existe, no discurso da extrema direita espaço para tentativas de mediações. É choque de civilizações e os bárbaros não sabem viver como nós, eles são uma ameaça constante por serem diferentes e a esses toda violência e forma de extermínio são válidas.
Essa narrativa é na prática a ideologia colonial levada ao máximo. A visão de povos atrasados contra povos civilizados. Povos bárbaros, que precisam ser iluminados com nossa fé, e nossa democracia. A extrema direita porém coloca a ideologia imperialista misturada com um aspecto religioso do conflito, onde é uma tarefa divina e profetica defender nossa civilização contra os bárbaros, e também traz um aspecto moral, assim se cria uma naturalização do Outro como inimigo que não deve ser apenas dominado, mas sim ser eliminado por inteiro. É discurso e a prática colonial levada ao máximo.
Essa leitura do mundo tem um nítido corte racial, a civilização ocidental, judaico-cristã, é acima de tudo uma civilização Europeia, uma civilização branca. Os bárbaros são povos não brancos. São os Outros. São aqueles que não se encaixam na leituram do mundo branco. É uma visão racista das sociedades ao redor do mundo.
Por outro lado, a esquerda brasileira, parece perdida. Entre a correta defesa do fim do genocídio em Gaza e a exigência do fim das relações do governo brasileiro com o Estado sionista. Porém, parece incapaz de romper a a propaganda da mídia de nosso país que normalizou e legitima uma limpeza étnica. Escrevi sobre a visão da mídia brasileira e seu desejo de fazer parte do mundo Ocidental.
Parte de nossa esquerda parece que desistiu de falar para a população e está satisfeita em falar para guetos. Ao invés de disputar ideias sociais, fica presa a atos e manifestações meramente performáticos, que ao invés da disputa pela hegemonia, apenas servem para gerar likes nas redes sociais. Digo por experiência própria de quem foi nas manifestações convocadas neste fim de semana e se deparou com mais bandeiras de organizações partidárias do que com bandeiras da Palestina. Inclusive com bandeiras do Hezbollah, e outras usadas pelo Hamas, levadas por uma seita insignificante como o PCO.
A pergunta que devemos fazer é como isso ajuda a ganhar parte da população para a ideia de que existe um genocídio ocorrendo na Terra Santa? Como ter iniciativas que ajudem a ganhar a população para essa ideia e pressionar o governo Lula para ações efetivas contra o Estado sionista? As ideias dos atos são atrais pessoas ou falar para nós mesmos e expiar nossa culpa e termos a impressão que estamos fazendo algo?
O Irã tem o direito a defesa
Muitos ativistas honestos se perguntam qual posição a esquerda deveria ter. A guerra, afinal é ruim, traz miséria, morte e atinge a população civil de ambos os lados. Somos humanistas e defendemos a paz e um mundo igualitário e livre de armas nucleares. Afinal, como deveria se posicionar a esquerda?
O Estado sionista, diferente do que diz a extrema direita não é uma democracia, mas um Estado Colonial, erguido juridicamente com uma divisão racial e étnica, que ocupa militarmente e ilegalmente um território. Qualquer um que tente pintar o Estado de Isarel de uma democracia é, além de um completo imbecil, quem busca da alguma legitimidade a sua ação diante do genocídio que esse Estado comete em território palestino.
Por outro lado, é bem verdade que o regime irariano não é o modelo defendido pela esquerda, e seu governo atual também não está no nosso campo político.
Dito isso, qualquer tentativa de igualar o Estado de Israel, o agressor, de projeto colonial e expansionista, com o Irã, por mais críticas que se possa fazer a seu regime, é um erro. A bandeira da paz deve ser agitada, mas colocá-la acima de tudo, inclusive acima da denuncia da agressão sionista, é terminar por igualar a ação dos países envolvidos.
Acreditamos que existem diversas esquerdas, aquelas que reivindicam uma saída de ruptura com o sistema que vivemos e utilizam do marxismo como método, buscam enxergar o confronto a partir da totalidade.
O marxismo busca enxergar relações internacionais a partir do papel que estes países têm no cenário Internacional, na divisão entre as relações de Estados. O mundo moderno, a civilização criada a partir da expansão europeia sobre o globo e do domínio do modo de produção capitalista, divide os países do planeta entre países do centro e países da periferia. Entre países imperialistas e os demais, sendo esses sub metrópoles, coloniais, híbridos, sub-colônias, híbridos e independentes.
Independentes, são aqueles países que por algum motivo históricos, desenvolveram em sua formação econômico social, a possibilidade de diante de iniciativas políticas de governos e regimes específicos terem uma orientação política e econômica autônoma. Com base naquilo que é melhor para sua Nação. Tem uma soberania diante das ordens dada pela Tríade imperialista. Os países independentes são, antes de tudo, um acontecimento raro na história mundial. O Irã, desde 1979 é um desses países.
Quando falamos do confronto entre países, seja qual for o governo ou regime, o que olhamos é como tais e tais Estados se posicionam diante do imperialismo. Os Estados que ocupam o papel de colônia, semi colônia, híbrido, sub metrópole, e suas variantes, merecem nossa defesa contra o Imperialismo. Em resumo e de forma simples: o marxismo revolucionário é em essência anti-imperialista. Estamos sempre com os países da Periferia contra os do Centro.
Assim, qualquer Estado que mantenha independência do imperialismo precisa ser defendido por nós, quando atacado.
Por mais críticas que se possa ter ao regime iraniano, é o imperialismo e suas bombas que são os maiores inimigos da democracia, dos direitos civis e da libertação dos povos pelo mundo.
O papel dos anti-imperialistas, da esquerda e das forças progressistas, é antes de tudo, denunciar a fundo a ação covarde e unilateral do sionismo e do imperialismo. Em seguida, defender o distensionamento entre as partes, levantar a bandeira da necessidade da paz e do diálogo, trabalhar para medidas com negociações pela caneta e diplomacia, o que perpassa por criticar qualquer nova investida do imperialismo na região.
O posicionamento precisa ser claro, estamos ao lado da Nação agredida pela potência imperialista e pelo Estado sionista. O Irã tem direito à soberania e à defesa de acordo com a própria Carta da ONU e seu Artigo 51. Não somos neutros. Estamos ao lado da paz e estabilidade na região, e vemos o direito do Irã se defender. Mas isto não significa que apoiamos o governo iraniano.
O fato é que o direito internacional caducou e não serve para nada. Trump e Netanyahu julgam quem são inimigos, colocam a pena de morte e executam, sem chocar ninguém. Depois, vão para televisões e twitter, realizar novas declarações, ameaçando bombardear cidades inteiras, destruir patrimônios culturais de valores historicos para a humanidade, e ameaçam assassinar civis. Tudo isso em
250 caracteres.
O sionismo e o imperialismo se julgam no direito de definir quem vive e quem morre. O mundo fica em silêncio e dá ao Estado sionista o direito sobre a vida e a morte de civis, cientistas e políticos de um outro Estado soberano. Algumas vidas parecem ter menos valor na sociedade capitalista. Palestinos e iranianos podem ser mortos, se o Estado de Israel assim quiser.
A guerra parece ter chegado num ponto onde ou o conflito se distensiona, e se busca uma saída pela diplomacia, ou ela se eleva cada vez mais, inclusive com a participação estadunidense.
O governo sionesta aposta na guerra para sua sobrevivência. Precisa de sangue derramado, e é nesse sangue e domínio violento que ele justifica sua existência. Sem um ciclo eterno de guerras, o Estado de Israel não tem motivo para existir, por isso podem levar o conflito a outras proporções.
Infelizmente, parece ser a Guerra a única língua que o colonialismo e o imperialismo falam, e a violência recíproca a única lei que respeitam.
O sionismo e o Estado de Israel são uma ameaça à paz mundial.
Sem justiça, e com o colonialismo, a paz é uma ilusão.
Um bom texto sobre a polêmica e história do programa nuclear iraniano pode ser lido aqui